José Maria Barreto de Figueiredo

Falar sobre Bob Motta não é tão difícil.  Eu diria até que é bem fácil, pois ele é a simplicidade misturada a firmeza do nordestino sofrido, uns pelas intempéries climáticas, outros pela falta de honestidade para com aqueles que nunca tiveram ambições descabidas.

Conheci Bob quando iniciei a Facex.

Amigo de todos, embora nem todos fossem seus amigos, principalmente aqueles que deveriam dele estar mais próximos…coisas da vida.

Em mesa de bar, de todos era o melhor, pois só ele era o premiado para a saideira.

Terminado seu curso de Gerência Empresarial, na Facex, aconteceu entre nós um profundo hiato.

 As curvas da vida, como diz o imortal Fernando Pessoa, nos levam a encontros inesperados. Eis que agora, no crepúsculo da vida, isso ocorreu entre nós: um grande e forte abraço marcou aquele encontro.

Um pleno amplexo que o passar do tempo não consegue oxidar. Ele desenvolvendo o que Deus em abundância lhe deu: a verve em versos e cartas para contar o cotidiano, continua intocável.

Sem mágoa e sem rancor, alma maravilhosa, em plenitude de graça. Repassando o vate pessoano, os obstáculos constroem o alicerce dos fortes. Eu continuo no meu fazer de construir as gerações do futuro.

A falta de ganância pelos bens materiais caracterizam o Bob de ontem e o de hoje. Pássaro canoro alça voo para o alto e foca seu olhar no horizonte, que ao longe se confunde com o céu azul.

Numa ousadia de amigo, passou a minhas mãos uma cópia do seu último trabalho: Preservando o Matutês. Creio que é seu 13. livro, muitos deles levando o Prefácio do ilustre homem das letras norteriograndese Valério Mesquita, também um grande amigo que guardo no peito.

Lendo o Matutês de Bob Motta nele talvez encontremos muitos traços de Grande Sertão – Veredas.

Mas o folclore da nossa querida terra nordestina está tão presente que o amigo Bob torna incomparável a sua literatura.

Assim são as pessoas, como diziam os latinos: verba volant, scripta manent: as palavras passam, mas, quando escritas, elas permanecem para sempre.

Por isso meu caro Bob, guardo por você a amizade de ontem que é a mesma de hoje, fortalecida pela admiração de sua cultura.

E a Facex se orgulha de ter contado entre seus alunos Roberto Coutinho da Mottra, Bob Motta, o meu amigo de sempre e inoxidável escritor, a ser contado entre os imortais do Rio Grande do Norte…certamente!

José Maria Barreto de Figueiredo – Diretor Presidente da FACEX

 

Ponto de Vista

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