PANDÊMICO –
Perdi a noção e o tempo
Do mundo da poesia
Fugiu a verve, métricas e rima
Feriu-se minha auto-estima
Estou sem motivação alguma
Enquanto amigos padecem
Sofrem com essa pandemia
E isto ninguém merece
As noites são mal dormidas
Sofro junto com eles
Imaginando suas dores
Todo seu desespero
Tento fazer oração
Mandar energia positiva
Talvez enviar uma canção
Alegrar suas vidas
Nesse viver aflitivo
Chegam notícias boas
Finalmente um lenitivo
Para dores que atordoam
Assim seguem os dias
Nesse diário infortúnio
Até o grito de: tou salvo
Com um alívio profundo
Amigos, já são tão poucos
Não podemos abrir mão
Seja um ou outro
Somos verdadeiros irmãos
Mas, o galo tá cantando
Como a anunciar o dia
Que venha com boas novas
O fim dessa pandemia
Finalizo por aqui
Este confuso poema
Mas, somos assim
E amizade nunca se apequena
José Alberto Maciel Oliveira – Representante comercial aposentado