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Adauto José de Carvalho Filho

Existem fatos que não podem passar despercebidos.

Que o Brasil passa por uma crise de identidade não é novidade. Ainda não nos habituamos com a democracia e a derivamos para os desmandos, descasos e tungagem da rês pública pelas autoridades que deveriam (assim juraram ao assumir seus podres poderes) honrar e respeitar a Constituição e promover o desenvolvimento, como pressuposto para a efetiva existência de um Estado de Direito.

Ou de esquerda?

Sem comentários.

Mas uma declaração lida nos jornais me deixou deveras preocupado: O Presidente MADURO, da próspera Venezuela, ameaçou invadir o Brasil se a Presidente Dilma cair.

Não acreditei.

Reli.

Eu sempre me interrogava por que algo tão maduro não caiu ainda. É contra as leis da natureza. Então descobri. Pura e simples burrice. Imaginem a Venezuela invadindo o Brasil. Um poderio econômico e bélico como a Venezuela invadindo o Brasil. Vamos considerar homem a homem. Quantos homens compõem o exercito venezuelano? Que poder bélico tem a Venezuela? Isso se as tropas não morrerem de fome devido o desabastecimento que assola o pais em decorrência da imaturidade de Maduro.

Eu não sei se teremos que desenterrar Chaves e sua honrada história como Ditador e palhaço ou Isaac Newton. O primeiro por que tal frase dita por ele já seria uma piada e como piada morreria com outra piada. O segundo, para explicar por que uma coisa podre de madura não cai em respeito à lei da gravidade. Será que Maduro pretende revogar a lei da gravidade e com tal recurso invadir o Brasil?

Já imagino os toques de recolher e as autoridades proibindo os brasileiros de saírem de casa por que vem por aí uma coisa madura ameaçando juntar os ombros com o exército de um tal de Stédile, por convocação provocativa de outro valentão, este brasileiro, e fundar aqui mais uma República Bolivariana.

Mais uma?

Sim, a primeira tentativa foi com a refinaria de petróleo na cidade de Abreu e Lima, em Pernambuco. Roubaram tanto que nem temos refinaria, nem a presença ameaçadora da Venezuela em terras brasileiras.

Pelos lados de cá tivemos um Presidente que se orgulha de nunca ter lido um livro e se entrar numa biblioteca nunca mais encontrará a porta de saída, um insuperável labirinto de conhecimentos, e, por dedução, suponho que o Presidente Maduro joga no mesmo time ou, pelo menos, não estudou (ou se estudou não aprendeu o básico) geografia. Será que ele sabe que o Brasil é um país continental?

Esculhambado, mas continental!

Brasileiros e Brasileiras, data vênia a ausência de um grosso bigode, olhe para onde caminhamos (ou paramos). Já fomos achincalhados pela Bolívia e agora vamos perder a nossa soberania para a Venezuela.

E se Morales quiser engrossar as fileiras? Depois dessa nada me surpreenderá. O difícil será encontrar arco e flecha em quantidade para armar o seu exército em um mundo globalizado.

Confesso, estou morrendo de medo. Depois dos reflexos de uma tal República de Araguaia, dita heróica, enfrentar um tonto e um maduro é fichinha, aliás, uma marolinha. Meu Deus, e pensar que esses homens e suas cabeças de vento, ocupam posições de destaque em seus países, inclusive na Terra Brasilis, e que deveriam contribuir com atitudes positivas para a formação de um novo ethos mundial (agora derrapei na maionese) se transvestem de mamulengos e ficam com papanguzadas internacionais como se autoridades respeitadas fossem.

Uma coisa me encafifou. Será que a verdadeira intenção do nobre Presidente Venezuelano é pegar uma carona na farra do petrolão? Afinal, um pedacinho da crise começou por lá. Será que prometeram alguma propina ao homem e não pagaram?

Deixem de ser maldosos.

O petrolão não existe e nunca existiu. O dinheiro simplesmente apareceu e como não era de ninguém, cada um ficou com uma fração, que se tornou facção e o futuro aos Maduros cabe.

Literalmente.

Adauto José de Carvalho Filho, AFRFB aposentado, Bacharel em Direito, Contador, Pedagogo, escritor e Poeta

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