PAPA FRANCISCO EM RISCO –

Francisco estará no Iraque, até segunda feira, sendo o primeiro Pontífice a pisar o solo desse país martirizado por guerra, terrorismo e perseguição. A viagem mais perigosa do seu pontificado.

Advertido dos riscos de atentados, Sua Santidade manteve-se firme. Ele deseja homenagear o Papa João Paulo II, que em 1999 chorou ao cancelar, por motivos políticos, visita a cidade de Ur, Caldeia, na Mesopotâmia (território iraquiano), onde nasceu Abraão, que é o pai das três principais religiões monoteístas: Islamismo, o Cristianismo e o Judaísmo.

Pandemia – O Papa viaja durante a pandemia, escolhe país de cristãos perseguidos e põe a vida em risco. O cristianismo no Iraque é considerado o mais antigo no mundo, presente desde o século 1º.

Missa – Na visita será celebrada missa no rito caldeu, com idioma mesclado do aramaico e árabe. O local é a Igreja de Al-Tahira, em Mosul, completamente destruída pelo Estado Islâmico em 2015 e reconstruída. Irá à “cidade santa” do islamismo xiita (64% da população do país).

Atentado – Em 2012, o cardeal Sandri esteve no Iraque, em nome do Papa Bento XVI. Durante celebração, houve terrível explosão, a cerca de 20km de onde se encontrava, que deixou 40 mortos. O Cardeal saiu ileso.

Cristãos – Antes da invasão dos EUA em 2003 havia 1,5 milhão de cristãos iraquianos. Hoje, existem cerca de 300 mil. Francisco chega ao Iraque como Abraão, que atendeu ao chamado de Deus, partiu para Canaã e depois o Egito, sem pensar nos perigos que enfrentaria.

Missão – O objetivo de Francisco é construir diálogo, que possa reduzir desigualdades, injustiças, pobreza, discriminações. Deus o proteja e que volte à Roma, com a missão cumprida.

 

 

 

 

 

 

Ney Lopes – jornalista, ex-deputado federal, professor de direito constitucional da UFRN e advogado

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