PAPUDA E OS PAPUDOS –

O Presídio da Papuda, em Brasília, deve seu nome em razão de ter sido construído, em 1960, em área da antiga Fazenda das Papudas, área rural goiana, de propriedade de três irmãs, nominadas Maria, que sofriam de bócio endêmico, caracterizado pelo aumento da glândula tireoide.

A causa dessa anomalia é a deficiência de iodo, a gerar pessoas com papos enormes, na hinterlândia brasileira.

A solução foi, então, a criação do sal de cozinha iodado!

O estabelecimento prisional da Papuda era denominado como Colônia Correcional Agrícola da Papuda, criado pelo General Osmar Soares Dutra e implantado pelo Tenente Washington Baptista Alves, integrante da Guarda Especial de Brasília-GEB.

Viviam-se os primórdios da construção da Capital da Esperança, no dizer de André Malraux.

Sem nenhuma correlação semântica, os papudos ganharam a ideação de pessoas que gostam de contarem vantagens, de simularem ser mais do que são, de serem falsos e enganosos.

A falsidade é a marca visceral dos papudos, a contar mirabolantes inverdades.

“Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos tornar-se-á mau”, no dizer do Rei Salomão. Assim, a amizade é algo importante, vez que o próprio Jesus Cristo – o Rabi da Galileia -, apresenta-se como amigo, ao predizer em Jó 15:15, e enunciar:

“Já não vos chamo servos, a vós chamei-vos amigos.”

Amizades ruins, geram más companhias, pois somos influenciados pelas pessoas com quem convivemos, colados aos nossos espíritos.

Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes. (1 Coríntios 15:33).

Devemos andar na companhia daqueles que vão influenciar-nos positivamente, livrando-nos de amizades ímpias e oremos ao Senhor para escapar das más amizades.

Na Antiguidade, no Tratado de Ética a Nicodemos, o pensador grego Aristóteles defendia ser philia (amizade) como ser a perfeita amizade, aquela em que se pratica a virtude, pois “o amigo é um outro eu”.

Amizade é descrita como companheirismo, sem a presença do eros, do sexo.

Na lendária mitologia grega a história dos amigos Damão e Pítias, seguidores de Pitágoras, por volta do século IV a.C., simboliza a confiança e a lealdade de uma verdadeira amizade, narrada por Aristóxenes de Tarento, em Siracusa, à época comandada pelo tirano Dionísio I.

Todos os brasileiros, independentemente de seus credos e ideologias, devem ler e refletir acerca do valor da narrativa histórica vivida por Damão e Pítias, a fim de que compreendam a dimensão infinita da amizade e a lealdade entre os seres humanos.

É fácil! Basta acessar a internet e o “professor Google” dirá!

“A curiosidade sobre a vida em todos os aspectos é o segredo das pessoas muito criativas”. (Leo Burnett-jornalista americano).

 

 

 

 

 

 

José Carlos Gentili – jornalista

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