PARA QUE SERVE ? –
As coisas que fazem parte do cotidiano têm o poder de moldar, transformar ou nem uma coisa nem outra?
São indiferentes?
Não!
Então para você, as coisas têm algum significado?
Algumas pessoas valorizam demasiadamente as coisas, como se elas fossem o ar que inspiram ou sangue que correm nas veias. Outras, não se apegam e veem nelas apenas um elemento que em determinada ocasião cumpre a sua finalidade e depois…
Parece que aceitar a realidade da vida, tem um custo que muitas vezes não se sabe mensurar. Exigimos que tudo seja perfeito e, em algumas situações, percebemos que poucas coisas são como esperamos.
Saber lidar com as contradições que o dia a dia nos reserva, não deve tirar o ânimo de seguir em frente e ir aproveitando aquilo que realmente vale a pena.
As “coisas” aqui estão representando não só de traços materiais, como também as de sentimentos e até de emoções vividas de forma individual ou compartilhadas, quando assim se entender.
Que tal então sentar-se em algum lugar, calmo, e aberto a uma visão infinita, e indagar: Para que servem as coisas que meu olhar alcança e meu coração sente?
Para que serve?
Uma canção, se na letra não encontras meu recado…
Uma janela, se não podes nela debruçar-se…
Um sorriso, se não sensibiliza seus sentimentos…
Um abraço, se dele se desfaz tão rapidamente…
Um sonho, se dele se distanciamos…
Uma viagem, se não foi compartilhada…
Uma despedida, se carregada de mágoas…
Um contato, se as mãos não acolhem…
Um afeto, se não tem verdade…
Um perdão, se não é permanente…
Um amor, se não é completo…
Uma paixão, sem perder-se…
Uma oração, sem Deus presente…
Uma amizade, se interesseira…
Um livro, sem o fio da meada…
Uma guerra, sem propósitos…
Uma política, sem rumo…
Uma palavra, se não tem conforto…
Um vinho, sem você…
Afinal, “para que serve?” não pode, em tudo, perder o sentido. A pergunta servirá para “abrir” os olhos e separar o joio do trigo, ou seja, o bem do mal.
Daí a nossa capacidade de discernir, ir além das aparências.
Na verdade, os destinos da vida, sempre nos levam a redirecionar as indagações: O quê? Por quê? E para quê?
E isso deve acontecer da maneira mais natural que possa. Não se refere a comprometimento, nem a planejamento, mas em acreditar na possibilidade de adequação às relações de celebrar a vida.
Não perca a graça de ser imprevisível, mas, mantenha o respeito pelo caminho e pelas as coisas que o outro adotar.
É preciso renovar, sempre, as esperanças diante da complexidade humana.
Dê significados aos seus gestos de amor.
Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor (josuacosta@uol.com.br)
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