PARADOXOS LEGALIZADOS –
Em uma profissão onde o risco de ser assassinado é 3 vezes maior do a de um cidadão comum, o policial que tem a felicidade de chegar a aposentadoria sem sequelas da desgastante rotina, é um felizardo.
Nessa pequena felicidade alcançada, tendo uma aposentadoria tão pequena que não lhe recompensa nem pelas perdas durante a vida de trabalho, o policial ainda tem que lidar com a dureza da fome, com a humilhação dos credores à porta e com a incerteza do futuro.
Enquanto isso, os responsáveis por tudo isso, dormem tranquilos, após um jantar sofisticado, com direito a um menu de restaurante caro pago às custas das misérias dos menos favorecidos.
Assim é o Brasil e o Rio Grande do Norte, injustiça diária legitimada, leis criadoras de castas, paradoxos legalizados.