Os passeios turísticos com embarcações nos parrachos de Rio do Fogo e Touros, no litoral do Rio Grande do Norte, foram retomados nessa segunda-feira (9), menos de uma semana depois do acidente que deixou duas pessoas mortas na região.

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) havia suspendido os passeios na quinta-feira passada (5) após uma lancha com 17 passageiros e dois tripulantes virar no mar.

Duas turistas morreram no acidente: Nerinha Magalhães Lopes, de 60 anos de idade, e Girlene Cardoso Rosário, de 52. A lancha na qual as duas turistas estavam não tinha autorização para realizar passeios de turismo – e já havia, inclusive, sido autuada.

O Idema informou também que atualizou a lista de embarcações autorizadas a promover passeios turísticos nos parrachos de Rio do Fogo e Touros. A lista com os nomes das embarcações e das empresas pode ser conferida no site do órgão (clique AQUI).

Segundo o documento, nenhuma embarcação da comunidade de Perobas teve autorização renovada pelo Idema para 2024/2025.

Além disso, o Idema informou que é possível verificar na própria embarcação se ela é autorizada. O barco precisa ter um adesivo do órgão para poder realizar os passeios.

O Idema é responsável pelo monitoramento turístico da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais (Aparc), localizada nos municípios de Maxaranguape, Rio do Fogo e Touros.

No fim de semana, o órgão enviou equipes para fiscalizar a região ao lado da Polícia Militar Ambiental se a ordem para suspender os passeios estava sendo cumprida.

O acidente

Duas turistas morreram após a lancha Laís Marques virar com 17 passageiros e dois tripulantes na quinta-feira passada (5) já próximo à praia em Rio do Fogo após a volta do passeio aos parrachos.

Os demais turistas que precisaram de resgate e foram levados para o hospital local não tiveram “necessidade de atendimentos de maior complexidade e, consequentemente, encaminhamento para unidades hospitalares em Natal”, segundo a Secretaria de Saúde do RN.

O vigilante Alan Magalhães, filho de Nerinha Magalhães, uma das vítimas do acidente, contou que em determinado momento a embarcação começou a andar muito veloz.

“Ele [o condutor] começou a ir muito rápido, e aí a gente percebeu que estava rápido, mas a gente estava: ‘parece que o piloto está com fome, está indo muito rápido’. Até a menina que perdeu também a amiga dela falou: ‘Eu pedi sem emoção'”, disse.

Alan relatou que a embarcação ultrapassou um outra lancha que havia saído antes. “Ele estava tão rápido que ele passou essa lancha. E quando ele passou, ficou buzinando”, falou.

Resgate

O acidente aconteceu por volta das 12h50. Segundo a Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), uma equipe de 30 bombeiros foi deslocada para atender a ocorrência, incluindo mergulhadores.

A embarcação havia feito um passeio pelos parrachos e retornava para a praia em Rio do Fogo quando o acidente aconteceu.

Sete viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e um helicóptero também foram enviados para trabalhar nas buscas e no atendimento dos feridos. Entre os equipamentos usados no mar pelos bombeiros, estavam dois botes infláveis e um jetski.

Fonte: G1RN

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