1- O critério para definir uma reação proporcional deve levar em conta o tamanho da ameaça e não a quantidade de vítimas.

Como fatos não falam por si, o entendimento dos mesmos ocorrerá dentro tanto de um contexto histórico como de um arcabouço teórico.

2- O conflito produziu a perda de dez vidas israelenses contra 212. Argumenta-se que isto seria prova da desproporcionalidade da ação militar israelense. Trata-se de um argumento falacioso.

O Hamas atira de área civil contra civis israelenses. Duplo crime de guerra. Como seus mísseis não possuem direcionamento, assumem o dolo específico de matar quem quer que seja. E atingir o que for como as plantas israelenses que fornecem água e luz para Gaza. Sem esquecer dos mísseis palestinos que caem em Gaza devido à falhas no lançamento dos mesmos.

Caso Israel não tivesse desenvolvido o Iron Dome, haveria milhares de mortes civis.

Já a aviação israelense atinge especificamente alvos militares. O problema é que os terroristas se escondem debaixo de instalações hospitalares e escolares. E mais, são os integrantes do Hamas e seus familiares que podem ter acesso a estes túneis. A população não militante fica na superfície sofrendo com os ataques aéreos.

 

 

 

 

 

Jorge Zaverucha – Mestre em Ciência Politica pela Universidade Hebraica de Jerusalém, Doutor em Ciência Política pela Universidade de Chicago; Professor titular aposentado do Departamento de Ciência Política da UFPE

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *