1- A inexistência de um Estado Palestino deve-se principalmente aos próprios palestinos–que não aceitam a existência de Israel– e dos países árabes. Estes não têm qualquer interesse no surgimento de um estado palestino.
O Egito, por exemplo, mantém um cerco à Faixa de Gaza muito mais restrito do que Israel o faz. E a Jordânia, que possui 70% de sua população como sendo palestina, os trata, muitas vezes, como cidadãos de segunda categoria. Se os palestinos tivessem sido vitoriosos no episódio conhecido como Setembro Negro, em 1970, já existiria um estado palestino independente. Inclusive, as cores das bandeiras jordanianas e palestinas são as mesmas. Alguém precisa avisar isto ao Guga Chacra.

2- Qual a relação entre “erros” de preenchimento em currículos e desempenho político no cargo?

A amostra é pequena mas significativa. E já sinaliza uma direção.

Tivemos Dilma e Mercadante; Witzel e Crivella; Damares e Salles além do ministro Alexandre de Moraes. Sem esquecer o hors concurs, Decatelli. O ministro que foi sem nunca ter sido.

3- O Judiciário continua em sua sanha legislativa. A lei estabelece o crime de abuso político ou econômico. Agora o TSE almeja criar um novo tipo de abuso: o religioso.

Que isto seja discutido no Congresso Nacional. A medida é erga omens (para todos) ou visa atingir a base política de Bolsonaro? Os parlamentares que usam a CNBB como escudo político estarão incluídos nesta nova lei?

 

 

 

Jorge Zaverucha – Mestre em Ciência Politica pela Universidade Hebraica de Jerusalém, Doutor em Ciência Política pela Universidade de Chicago e Professor titular aposentado do Departamento de Ciência Política da UFPE

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