Os potiguares tiveram uma perda de qualidade de vida maior do que a média dos demais brasileiros, considerando todos os estados do país. É o que aponta a Pesquisa de Orçamentos Familiares, que foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa sexta-feira (26).
A pesquisa, que foi feita pela primeira vez, também apontou que a população do Rio Grande do Norte ficou abaixo da média nacional no desempenho socioeconômico (entenda melhor mais abaixo).
Sobre a perda da qualidade de vida, que é avaliado pelo Índice de Perda de Qualidade de Vida (IPQV), os resultados são representados por um número entre 0 e 1. Os números próximos de 1 indicam que a pessoa ou a família sofreu maior perda de qualidade de vida.
Uma maior perda foi a tendência entre os estados nordestinos. O melhor desempenho foi o de Sergipe (0,187) e o pior do Maranhão (0,260), que teve o pior índice de todo o país. A menor perda de qualidade de vida do Brasil foi em Santa Catarina (0,100).
O relatório aprontado pelo IBGE foi baseado em pesquisas nos anos de 2017 e 2018.
De acordo com o IBGE, a perda de qualidade de vida ocorre porque as famílias têm dificuldades em transformar integralmente todos os seus recursos em qualidade de vida.
Essa dificuldade gera privações para acessar condições mais confortáveis e dignas quanto a moradia, serviços públicos, alimentação e saúde, posse de bens duráveis e acesso a serviços financeiros, lazer e transporte.
A pesquisa também traz os resultados do Índice de Desempenho Socioeconômico (IDS). E o Rio Grande do Norte teve o 3º melhor desempenho do Nordeste nesse quesito.
O IDS é baseado na renda familiar per capta descontada do Índice de Perda de Qualidade de Vida (IPQV).
De acordo com o IBGE, o progresso econômico está associado à renda disponível, que representa os valores com os quais as famílias contam no dia a dia.
As famílias no Rio Grande do Norte apresentara R$ 964 reais no IDS, o que resultou numa diminuição de 20% da renda disponível dos potiguares e provocou perda na qualidade de vida.
Segundo o IBGE, é como se os fatores de perda de qualidade refletissem na renda, evidenciando a força das carências observadas.
No Nordeste, o estado ficou atrás apenas de Sergipe e Bahia que contaram respectivamente com R$ 1.118 e R$ 976.
Apesar disso, todos os estados nordestinos ficaram abaixo da média nacional, que foi de R$ 1.410.
O Maranhão teve o maior comprometimento familiar per capta do país, deixando o valor R$ 555 após as perdas de qualidade de vida.
A pesquisa ainda pontuou que os fatores que mais influenciam o desenvolvimento socioeconômico das pessoas no Rio Grande do Norte são educação e acesso a serviços financeiros e padrão de vida, com uma parcela de 19% cada.
O aspecto de menor influência ficou por conta de transporte e lazer, com 13,6%. Moradia, acesso a serviços públicos, saúde e alimentação registraram, cada um, valores próximos de 16%.
Na dimensão saúde, o RN atinge a terceira menor importância em comparação aos entes federativos, atrás apenas do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul.
Fonte: G1RN
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