Peritos da Secretaria da Marinha do México não encontraram vestígios de explosivos nos destroços do helicóptero que caiu na segunda-feira (24), causando a morte da governadora do estado de Puebla, Martha Erika Alonso, de seu marido Rafael Moreno Valle e de outras três pessoas, informaram fontes oficiais.
A informação foi dada pelo secretário de Segurança e Proteção Cidadã, Alfonso Durazo.
Em entrevista coletiva na noite desta terça-feira, Durazo também disse que, de acordo com as primeiras investigações, o helicóptero caiu de forma invertida, e que já se recuperou uma unidade de registro de dados do aparelho.
Durazo já tinha declarado no dia anterior que “quando a aeronave estava em voo, sofreu uma aparente falha ainda não especificada, o que causou sua queda”.
O helicóptero, um modelo Agusta 109, era de propriedade da empresa Serviços Aéreos do Planalto e contava com permissão vigente.
Martha Erika Alonso, governadora do estado de Puebla, discursa durante cerimônia de posse em Puebla, em 14 de dezembro de 2018 — Foto: Imelda Medina / Reuters
Investigação delicada
Logo após o acidente, autoridades federais e estaduais disseram ter aberto investigações sobre as causas. A questão é sensível, porque o partido Morena, do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, havia contestado em julho a validade da eleição de Alonso.
O governador do estado tomou posse havia 10 dias depois que as autoridades eleitorais rejeitaram o recurso do Morena.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, lamentou o ocorrido e se comprometeu a investigar as causas da queda da aeronave.
O porta-voz do Estado de Puebla, Maximiliano Cortázar, exigiu uma investigação “transparente, imparcial e independente” para o caso, de acordo com a Associated Press. O secretário de Segurança Pública prometeu uma investigação ampla e transparente.
Fonte: France Presse