Na luta para enfrentar a epidemia de microcefalia, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto Vital Brazil está trabalhando para desenvolver um soro contra o zika. A ideia é que o produto seja injetado nas grávidas que contraírem a doença para diminuir a carga viral no organismo e assim reduzir o risco de transmissão aos fetos.
A pesquisa por um soro foi citada como prioritária pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, na visita da diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan. A expectativa é de que o soro leve menos tempo de desenvolvimento do que uma vacina. Ainda assim, serão necessários de dois a três anos até que esteja liberado para uso humano.
O trabalho começa no Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (LECC) da UFRJ. Células manipuladas geneticamente produzem proteínas da estrutura externa do vírus. “Essas cópias das proteínas do vírus, chamadas de proteínas recombinantes, mimetizam o vírus e podem levar à formação de anticorpos antizika”, explica a engenheira química Leda Castilho, coordenadora do LECC.
O soro não será preventivo. Ele será terapêutico e vai ser aplicado em quem tem o diagnóstico positivo do zika”, explicou Claudio Maurício Souza, diretor científico do Vital Brazil. “A redução da carga viral é uma etapa importante na redução das complicações atribuídas à zika, como a microcefalia e a Síndrome de Guillain-Barré.” disse.
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