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A Petrobras possui 36 grupos de ativos para negociar com potenciais interessados, no âmbito do plano de desinvestimentos da companhia, segundo Deyvid Bacelar, representante dos funcionários no conselho de administração da estatal. Cada grupo pode envolver mais de um ativo. De acordo com Deyvid, os grupos já estão estruturados para as negociações. Contrário ao plano de venda de ativos, cuja meta é alcançar US$ 14,4 bilhões este ano, o conselheiro, ligado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), diz que há outras alternativas para o financiamento da companhia.

Ele relatou os bastidores da última reunião do conselho, quando foram aprovadas as demonstrações financeiras de 2015, um prejuízo de R$ 34,9 bilhões. Bacelar citou como alternativas para o plano de venda de ativos o termo de compromisso com o China Development Bank (CDB). O acordo prevê o financiamento de US$ 10 bilhões a ser pago com fornecimento de petróleo para empresas chinesas. Com postura geralmente contrária à da diretoria da estatal,

Bacelar contestou a afirmação feita pelo presidente da companhia, Aldemir Bendine, em entrevista coletiva de que não será paga a Participação nos Lucros e Resultado (PLR) referente ao exercício de 2015. Segundo o conselheiro, o pagamento da PLR é uma “obrigação contratual”. Ele disse que, segundo um gerente da área financeira da estatal, duas metas não foram alcançadas (referentes a custo unitário de extração e carga fresca processada). Pelo acordo coletivo de trabalho, se a empresa não tiver lucro, mas tiver alcançado todas as metas, é obrigada a pagar o PLR. A discussão sobre a nova estrutura organizacional da estatal pode ser retomada na próxima reunião do conselho.

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