Kátyna Baía é personal trainer. Jeanne Paollini, médica veterinária. As duas são casadas há 12 anos, moram em Goiânia e colecionam viagens, mas há um mês elas foram parar em presídio feminino em Frankfurt.
É de onde Jeanne fala com a família: “Nós nunca convivemos nesse ambiente. Dói muito ficar aqui todo dia. Eu acordo e penso: ‘Meu Deus, esse pesadelo ainda não acabou’’.
Segundo a polícia, o pesadelo começou com uma troca de etiquetas no maior aeroporto do país; entenda:
“A Polícia Federal conseguiu comprovar que aquelas passageiras são inocentes. Indicando quem seriam realmente os culpados do fato do crime ocorrido”, destaca Bruno Gama, delegado da Polícia Federal – GO.
“A Polícia Federal está transmitindo todo o conteúdo probatório da investigação para as autoridades na Alemanha”, diz Marcela Rodrigues, superintendente da PF-GO.
Só que a Justiça alemã quer que as provas cheguem pelo governo brasileiro.
Esta semana, a PF prendeu seis pessoas envolvidas na quadrilha que, segundo a investigação, trocou as etiquetas das malas de Kátyna e Jeanne.
A Polícia Federal também identificou quem é a pessoa que fez o despacho das malas para a área restrita. É uma funcionária da Gol que admitiu fazer parte do esquema. Na casa dela, a PF apreendeu R$ 43 mil em dinheiro. Ela é a única integrante da quadrilha que ainda está em liberdade por decisão da Justiça.
O que dizem os citados:
A concessionária que administra o aeroporto disse que o manuseio das bagagens é de responsabilidade das empresas aéreas. E que, quando ocorre um incidente, se reúne com autoridades para discutir melhorias nos protocolos de segurança.
A Latam, empresa pela qual Kátyna e Jeanne viajaram, disse apenas que colabora com a investigação e que está em contato com familiares das brasileiras presas.
Em nota, a GOL diz que está à disposição das autoridades para colaborar no que for necessário e após a conclusão da investigação tomará as medidas cabíveis.
A defesa de Eduardo dos Santos, um dos presos esta semana, informou que ele não faz parte de qualquer esquema criminoso.
O Fantástico entrou em contato com a família de Pedro Venâncio, que não retornou ligação nem indicou o advogado dele.
A Orbital, empresa que emprega os dois, informa que verifica os antecedentes criminais dos funcionários antes das contratações e que o tráfico de drogas é um problema de segurança pública.
Ao Fantástico, a polícia alemã disse que não estava autorizada a dar informações sobre casos individuais.
O consulado brasileiro em Frankfurt está prestando assistência às famílias.
Fonte: Fantástico
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