A Haas anunciou na manhã desta segunda-feira que Pietro Fittipaldi, piloto reserva da equipe americana, será o substituto de Romain Grosjean na próxima etapa do ano, o GP de Sakhir. O piloto francês não terá condições de pilotar em função dos ferimentos em ambas as mãos, sustentados no incêndio assustador provocado pela batida do seu carro contra a barreira de proteção na primeira volta do GP do Barein, no último domingo.
Pietro é neto do bicampeão Emerson Fittipaldi, atua como piloto reserva do time americano há duas temporadas e será o 32º brasileiro a disputar um Grande Prêmio de Fórmula 1. O último piloto a representar o Brasil na categoria foi Felipe Massa, que se aposentou ao final da temporada de 2017.
O chefe da equipe, Gunther Steiner, explicou que uma vez que ficou decidido que Grosjean não poderia correr a etapa de Sakhir, escolher Fittipaldi para função foi uma tarefa fácil, já que considera o piloto pronto para o desafio.
– Depois que foi decidido que a melhor coisa para Romain era perder pelo menos uma corrida, a escolha de colocar Pietro no carro foi bem fácil. Pietro está familiarizado com o carro pelo fato de estar com a equipe nas últimas duas temporadas como piloto reserva e de testes. É a coisa certa a fazer e é obviamente uma boa oportunidade para ele, que tem sido paciente e sempre esteve preparado. Agora ela chegou. É por isso que o queremos no carro e tenho certeza que ele fará um bom trabalho. É muito complicado ser chamado no último minuto, mas como eu disse, acho que é a coisa certa a fazer pelo time – afirma Steiner.
Fittipaldi acompanhou a Haas na maioria das corridas de 2020 atuando como piloto de testes e tem em seu currículo o título da Fórmula V8 Series, além de ter disputado etapas da Fórmula Indy em 2019. O brasileiro já testou os dois últimos carros da Haas na F1 em sessões de treinos livres e de pré-temporada.
A temporada 2019 foi a que Pietro mais teve contato com o carro da Haas. Apenas no circuito de Abu Dhabi, nas sessões de testes de jovens piloto após ao fim do campeonato, o brasileiro completou 135 voltas, o equivalente a dois GPs e meio. Além disso, o piloto já andou mais de dois mil quilômetros com um carro de F1, totalizando 422 voltas em três circuitos distintos: Yas Marina, Sakhir e Barcelona.
Também na manhã desta segunda, a equipe emitiu um novo comunicado para explicar o estado de saúde de Grosjean. Segundo a equipe, além de o tratamento para as queimaduras em ambas as mãos estar indo bem, o piloto deverá ter alta nesta terça-feira.
O francês escapou da morte no acidente mais assustador da Fórmula 1 nos últimos anos, na primeira volta do GP do Barein. A Haas do francês explodiu em chamas e foi partida ao meio depois de uma batida violentíssima no guard rail após um toque com a AlphaTauri do russo Daniil Kvyat.
Grosjean ficou no cockpit em chamas por 29 segundos, mas, sem ter desmaiado com o impacto, conseguiu sair do que sobrou de seu carro e correu para pular o guard rail enquanto sua Haas continuava pegando fogo. Na confusão, o piloto saiu correndo sem uma das sapatilhas.
Fonte: G1
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