ADAUTO MEDEIROS

            A insegurança pública no país continua como nunca se viu, e pior, como se não existisse um Estado a arrecadar gulosamente e eficientemente o dinheiro de todos nós, cidadãos de bem. No entanto essa mesma eficiência para arrecadar de todos nós, se mostra perdulária e ineficiente quando se trata de proteger quem o sustenta.

            A mim, sobremaneira, impressiona que no Congresso Brasileiro, nas assembléias estaduais e nas câmaras de vereadores não exista um debate franco, honesto e não demagógico sobre esse absurdo que nos aflige no dia a dia.

            Nos países do primeiro mundo (por eles somos vistos como pertencendo ao último mundo) existe não só a discussão, como instituições preocupadas em defender o contribuinte que paga a quem deveria trazer a solução.

            Mas o nosso Congresso parece alheio a todo o tipo de discussão real, e como disse o nobre senador Pedro Simon nas páginas amarelas da revista “Veja”, lá ninguém discute nada a sério, muito menos do interesse do povo, e sim, só se discute assuntos do interesse privado dos próprios congressistas.

            O nosso país, já disse certa vez um general francês, não é um país sério. E por muito menos na própria França, em 1789, houve uma revolução, que mudou os rumos daquele país europeu. Penso que se não fizermos isso, poderemos estar plantando o germe de uma revolução em nosso combalido país.

            Para que serve o dinheiro arrecadado dos impostos em nosso país? Para quê? Penso que uma resposta modesta seria dizer que serve para manter o status quo daqueles que há mais de 500 anos mantem o Estado em beneficio próprio. É lamentável para dizer o mínimo.

            Não há mais adjetivos para classificamos essa abominação com que a classe politica trata a todos nós. Como disse um certo tribuno da Idade Antiga, na Roma antiga, “até quando?”, ou no latim, “Quo usque tandem, oh Catilinas?”.

Adauto Medeiros, engenheiro civil e empresário [email protected]

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