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Promessas de cargos — alguns a longo prazo e outros de ocupação imediata — e liberação de emendas para garantir a fidelidade dos aliados na tentativa de barrar o processo de impeachment fazem parte da estratégia do Palácio do Planalto para evitar o término prematuro do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Em alguns casos, por exemplo, a ação é feita de maneira conjunta. Juntos, PR, PP e PSD, legendas mais assediadas pelo Executivo no Congresso, conseguiram, com base em dados levantados pelo Siafi até 5 de abril e levantados pela liderança do DEM no Senado, receberam R$ 12,2 milhões de restos a pagar represados desde 2012.

As três legendas conseguiram mais recursos que o PMDB, maior bancada da Câmara, e o PSDB, principal legenda da oposição. Em números brutos, o PMDB, que desembarcou do governo há quase duas semanas — embora seis dos sete ministros estejam entrincheirados nos respectivos cargos —, arrecadou R$ 10,8 milhões. Já o PSDB conseguiu abocanhar R$ 8,43 milhões. Os três novos queridinhos do governo só ficam atrás do partido da presidente, o PT, que recebeu R$ 24,97 milhões.

Mas o PP, que sozinho conseguiu R$ 4,15 milhões em restos a pagar, não tem apenas as emendas como mimos. Maior bancada aliada após a saída do PMDB, com 40 deputados, os pepistas devem levam o Ministério da Saúde, com o deputado Ricardo Barros (PR); todos as estatais e autarquias envolvendo o Ministério da Integração Nacional, incluindo o Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) e a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf).

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Fonte: Correio Braziliense

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