A FIERN contando com a participação de outras instituições, dentre as quais, FECOMÉRCIO, FAERN, FETRONOR e SEBRAE, além do apoio de outras entidades que representam os setores do comércio, turismo e serviços coordenou e apresentou, ao Governo do Estado e a sociedade potiguar, uma proposta de retomada gradual da atividade econômica no Rio Grande do Norte.
A iniciativa foi derivada de uma angústia que se transformou em pergunta: como sairmos planejadamente da pandemia? Aliás, uma angústia que se associa à outra: o que faremos, depois da pandemia de covid-19? Mas, cada dia tem sua própria agonia. Em outro momento, vamos conversar sobre o pós-pandemia e, novamente, evidenciarmos a principal proposição do MAIS RN, desde 2014: a celebração de um amplo pacto em favor do Rio Grande do Norte. Fiquem certos de que se não pensarmos em um pacto, o segundo semestre de 2020 será ainda pior.
Quanto ao plano de retomada gradual destaco algumas ideais centrais. Temos, de início, firme convicção que o quadro é complexo, portanto, não é fácil para nenhum de nós, particularmente, para os gestores públicos que estão, neste período, com adicionais responsabilidades.
Precisamos entender que a reabertura dependerá muito do esforço de todos para contermos a disseminação do coronavírus, assim como, não desejamos construir nenhuma saída irresponsável. Bem ao contrário. Estamos, inclusive, sugerindo, dentre outras medidas, a análise de medidas técnicas como providências urgentes de uso intensivo de máscaras, barreiras sanitárias, adoção de protocolos para as atividades produtivas e horários desconexos de funcionamento para evitarmos aglomerações no transporte público em fluxos tradicionais.
O plano apresentado, além de ser fruto de uma construção coletiva, permanecerá aberto, considerando que os fatos dinâmicos da pandemia exigem reavaliações e inserções de novas ideias e providências a cada semana, mas precisamos partir de um caminho e, fundamentalmente, sabendo onde desejamos chegar. No caso presente, a indústria e a agricultura estão trabalhando, mas precisamos que o comércio, o turismo e o setor de serviços, gradativamente, passem a funcionar regularmente e, conosco, avivem o ciclo virtuoso da economia.
Em relação ao lockdown, com todo o respeito a quem pensa o contrário, é uma medida duríssima que, no Rio Grande do Norte, é inoportuna e inadequada. Precisamos investir nosso empenho em outras frentes: conscientização das pessoas; abertura de novos leitos para tratamento do COVID-19; intensificação das medidas preventivas já mencionadas. Ademais, seria acentuar – quase sem retorno – a crise econômica que já alcançou níveis inimagináveis de gravidade.
Precisamos de permanente planejamento, adoção de medidas efetivas e do engajamento de todos.
*Artigo publicado no jornal Agora RN, no dia 19 de maio de 2020
Amaro Sales de Araújo – industrial, Presidente do Sistema FIERN e Secretário-Geral da CNI
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