A partir de amanhã (2), os planos de saúde passam a ser obrigados a oferecer para seus beneficiários 21 novos procedimentos, entre eles o teste rápido para dengue e o exame de diagnóstico de chikungunya. As novidades constam do novo rol de cobertura obrigatória aos convênios médicos, atualizado a cada dois anos pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Além dos 21 novos procedimentos, que incluem exames, cirurgias e próteses, as operadoras ficam obrigadas ainda a fornecer um novo medicamento para câncer de próstata e a aumentar sessões de fonoaudiologia, fisioterapia e psicoterapia para pacientes com alguns tipos de doença.
No caso do exame da dengue, os planos só eram obrigados a cobrir testes laboratoriais cujos resultados demoravam uma semana para sair. Agora, entrou para a lista de cobertura mínima os testes rápidos de sorologia para busca de anticorpos IgM e IgG – que servem para detectar o estágio de diversas doenças, entre elas, a dengue. Também passa a ser coberto o exame do antígeno NS1 da dengue, que detecta a doença logo no estágio inicial dos sintomas – os exames de anticorpos só podem ser feitos a partir do sexto dia das manifestações da doença. O diagnóstico do zika vírus não entrou no novo rol da ANS, até porque quase nenhum laboratório privado brasileiro oferecia o procedimento quando as coberturas do novo rol foram definidas, em outubro.
O desenvolvimento da técnica para a realização do exame começou há poucas semanas, após o zika ser associado ao aumento de casos de microcefalia no país — que já chegaram a 2.975, segundo o Ministério da Saúde. Como os sintomas das três doenças são parecidos, enquanto o teste não é incorporado, o diagnóstico provável do zika pode ser feito por exclusão, quando os testes para dengue e chikungunya derem negativo. Como os sintomas das três doenças são parecidos, enquanto o teste não é incorporado, o diagnóstico provável do zika pode ser feito por exclusão, quando os testes para dengue e chikungunya derem negativo.