Sargento da Aeronáutica brasileira Manoel Silva Rodrigues, que foi detido na terça-feira (25) no aeroporto de Sevilha, na Espanha — Foto: Redes sociais/ Reprodução TV Globo

A polícia da Espanha liberou nesta sexta-feira (5) novas imagens dos 39 quilos de cocaína apreendidos com um militar da Aeronáutica brasileira que integrava a equipe de apoio à comitiva do presidente Jair Bolsonaro quando ele viajou ao G20, no Japão. Uma foto da apreensão já havia sido publicada pelo jornal “El País”.

As fotos mostram a mala onde estava a droga no momento da apreensão feita pelas autoridades espanholas no aeroporto de Sevilha. O segundo sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues foi detido pela Guarda Civil espanhola ao chegar ao aeroporto da capital da Andaluzia em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB).

A droga estava dividida em 37 pacotes – cada um deles tinha pouco mais de um quilo e quase todos estavam enrolados em fita de cor bege. Pelo menos três deles foram embalados com uma fita amarela. A foto foi tirada ao lado do equipamento de raio X, que permitiu que os agentes espanhóis detectassem facilmente a presença do entorpecente na mala de mão do militar.

A aeronave em que estava o sargento, que atua como comissário de bordo em voos da FAB, costuma fazer a rota presidencial antes do avião do presidente em viagens longas, e, por isso, fica à disposição da Presidência para quando ele pousar no destino.

A viagem de Bolsonaro a Osaka – cidade no Japão onde ocorreu o G-20 – deveria passar por Sevilha, mas o avião com o presidente pousou em Portugal. Fontes militares confirmaram que a rota mudou por causa do incidente.

Trajetória do militar

O sargento Rodrigues teve a vida investigada pela Inteligência brasileira antes de entrar para o Grupo de Transporte Especial da FAB, em 2010.

Ele se mudou para Brasília em 1998. Em 2000, começou a trajetória na Aeronáutica. Quatro anos depois, Rodrigues prestou o concurso da FAB para taifeiro – profissional dedicado ao serviço de copa, mesa e camarotes oficiais. O militar foi aprovado em 6º lugar.

No ano seguinte, em 2005, fez o curso de formação de comissário de bordo. Agora, ele aguarda o julgamento do processo na Justiça Espanhola na penitenciária Sevilha 1, onde divide uma cela com outro detento.

Fonte: G1

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