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Polícia de SP entrega 737 celulares após operação que apreendeu 10,7 mil aparelhos

Polícia de SP faz operação para localizar celulares roubados e apreende mais de 10 mil aparelhos — Foto: Divulgação/SSP

Após uma operação da Polícia Civil que apreendeu 10,7 mil celulares suspeitos de serem furtados ou roubados no estado de São Paulo, 737 aparelhos já foram devolvidos às vítimas entre a segunda (10) e essa terça-feira (11). A maioria deles, 672, foi entregue na capital paulista.

A Operação Big Mobile fiscalizou imóveis apontados como possíveis centros de receptação pelo setor de inteligência da polícia, que se baseou na última localização que os aparelhos emitiram por seus sistemas próprios de rastreamento.

Para ter acesso a esses dados, a corporação contou com informações fornecidas pelos donos dos celulares nos boletins de ocorrência, seja no momento em que foram registrados ou depois. Somente entre janeiro e fevereiro deste ano, foram 1,5 mil ocorrências do tipo. Quase 3 mil policiais foram às ruas na segunda para vistoriar lojas e endereços suspeitos de vender celulares roubados e furtados.

Na primeira e na segunda fases da operação, realizadas em janeiro na capital e na Baixada Santista, mais de 16 mil celulares foram recuperados. Cerca de 2 mil aparelhos estão em processo de devolução, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

“Dos 10.700 celulares apreendidos no estado, cerca de 3.300 são da capital paulista e 1.200, da Grande São Paulo. A operação não é só importante, mas é um aviso porque estamos fazendo um trabalho de combate à receptação. Porque o furtador e o roubador só pratica esse tipo de crime porque tem quem compra, tem o receptador”, afirmou Daniel Borges, delegado responsável pela 1ª Delegacia Seccional (Centro), ao g1.

E ressaltou: “Se não for mais interessante ao receptor, porque ele sabe que ele vai cair, também não vai ser interessante para o furtador e roubador praticarem o crime porque não vai ter para quem vender. Nossas ações, hoje, são voltadas também para o crime secundário, que é a receptação”.

Com as apreensões, a Polícia Civil de São Paulo começa a trabalhar para identificar os proprietários dos celulares e devolver os aparelhos. Mas como isso vai acontecer?

Borges explica que os policiais passam a identificar os aparelhos, catalogando-os, através da consulta do número de IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel, em português). Profissionais de todas as carreiras serão envolvidos nessas etapas, como investigadores e escrivães.

“Os celulares vão ser catalogados ainda, vão ser identificados e é um processo que muitas vezes o aparelho está com a bateria descarregada ou até mesmo sem a própria bateria. E isso vai demandar um trabalho mais minucioso, será utilizado outro departamento da polícia para tentar chegar à identificação desse aparelho.”

“Não adianta fazer o boletim de ocorrência e dizer apenas: ‘Tive um iPhone 15 que foi roubado ou foi furtado’. É interessante e primordial para que a gente consiga chegar até a vítima que, no ato do boletim de ocorrência ou até mesmo posteriormente, a vítima forneça o número IMEI do aparelho porque é a único elo de ligação entre ele, a pessoa que teve o seu bem subtraído e nós, polícia”, explica o delegado.

Se não tiver com o número do Imei na hora que fizer boletim de ocorrência, a vítima pode procurar o código na caixa do aparelho ou entrar em contato com a operadora, que tem essa informação, ressaltou o delegado.

“Geralmente esse número está no próprio aparelho, na caixa. Geralmente as pessoas guardam a caixa do aparelho. Mas se não tiver a caixa, como que eu consigo? Na própria operadora de telefonia celular, porque ela vai ter registrado na conta qual é o número de Imei registrado naquela linha. A operadora fornece para vítima, a vítima vai até a delegacia ou entra no site da delegacia eletrônica e faz o complemento daquele boletim de ocorrência.”

O delegado destaca que não adianta entrar em contato com delegacias para saber se o seu aparelho está entre os resgatados.

“A vítima que teve celular roubado ou furtado precisa aguardar, nós vamos entrar em contato pelos meios informados no boletim de ocorrência.”

E complementa: “É importante ressaltar que quem teve extravio de aparelho também registre boletim de ocorrência, assim como furto e roubo. A gente pede que não procurem as delegacias e aguarde, porque infalivelmente, se o celular da vítima estiver no meio daqueles celulares apreendidos, nós vamos levantar o número do Imei e vamos chegar até essa pessoa e entregar o aparelho dela”.

Confira abaixo qual é o passo a passo para essa devolução:

O que fazer se seu aparelho foi furtado ou roubado

 

  • Se já tiver registrado a ocorrência, o próximo passo é aguardar ser contatado pela polícia, caso seu celular esteja entre os recuperados;
  • Não registrou a ocorrência? Então faça o BO pela delegacia eletrônica, que pode ser acessada neste link;
  • Informe, no BO, o número de Imei do aparelho, sigla em inglês para “Identidade Internacional de Equipamento Móvel”), uma espécie de “RG” que identifica cada celular. Isso é primordial;
  • Se não tiver com o número do Imei na hora que fizer o BO, procure na caixa do aparelho ou entre em contato com a operadora, que tem essa informação. O sistema operacional das principais fabricantes (Google, Apple ou Samsung) também ajuda a descobrir o número em poucos passos, como você pode conferir neste link;
  • Quando estiver com o Imei, entre novamente no site da delegacia eletrônica e complemente o BO;
  • Mantenha os dados pessoais atualizados no boletim de ocorrência, pois eles serão usados em uma eventual devolução.

 

O que a Polícia Civil faz quando recupera um celular

 

  • O aparelho primeiro passa por um processo de identificação do Imei;
  • Em alguns casos, quando o celular está bloqueado, com a tela quebrada ou tenha algum outro motivo que não permita o acesso, o departamento de inteligência faz uma perícia para tentar identificar o código;
  • Depois, os investigadores pesquisam nos sistemas da SSP se existe algum boletim de ocorrência registrado para aquele número de Imei;
  • Após esse cruzamento de dados, escrivães entram em contato com as vítimas para agendar a devolução do celular de forma segura. O primeiro caminho é avisar pelos números de telefone informados no BO. Se não conseguirem encontrar a pessoa desta forma, vão até o endereço notificá-la.

Fonte: G1

Ponto de Vista

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