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Desde a madrugada desta terça-feira (24/5), a Polícia Federal (PF), juntamente com a Receita Federal, realiza a 30ª fase da Operação Lava-Jato. A ação, intitulada “Vício”, deve cumprir 28 mandados de busca e apreensão, 2 mandados de prisão preventiva e 9 mandados de condução coercitiva nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, com o auxílio de cerca de 50 policiais federais e 10 servidores da Receita. Os crimes apurados são de corrupção, organização criminosa e lavagem de ativos. A PF investiga vários contratos e correspondentes de repasses de valores não devidos, entre empresas contratantes da Petrobras e funcionários da estatal, além de agentes públicos e políticos. Três grupos de empresas são investigados por terem se utilizado de operadores e de contratos fictícios de prestação de serviços para repassar, notadamente, à Diretoria de Serviços e Engenharia e Diretoria de Abastecimento. Outro procedimento apura pagamentos indevidos a um executivo da área internacional da Petrobrás em contratos firmados para aquisição de navios-sondas. Os presos e o material apreendido devem ser levados ainda hoje para a Polícia Federal em Curitiba.

O nome da operação de hoje é uma menção “à sistemática, repetida e aparentemente dependente, prática de corrupção por determinados funcionários da estatal e agentes políticos”, segundo nota da PF. O termo ainda remete à ideia de que alguns setores do estado precisam passar por um processo de “desintoxicação” do modo corrupto de contratar presente não ação de seus representantes. Ontem, a 29ª fase, intitulada “Repescagem”, prendeu o ex-tesoureiro do Partido Progressista (PP), João Claudio Genu, e o sócio dele, Lucas Amorim Alves. Segundo a investigação, o ex-assessor “continuou a agir criminosamente depois do mensalão”. Elementos probatórios, de acordo com a PF, apontaram a participação de Genu “também no esquema criminoso que vitimou a Petrobrás, motivo pelo qual passou a ser investigado novamente na Operação Lava-Jato”, informou a corporação. “As investigações apontam que ele continuou recebendo repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do mensalão e após ter sido condenado, repasses que ocorreram pelo menos até o ano de 2013.”

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