Crime aconteceu em abril na Redinha, Zona Norte da cidade — Foto: Reprodução
Crime aconteceu em abril na Redinha, Zona Norte da cidade — Foto: Reprodução

Um policial militar da ativa, dois ex-policiais e um quarto homem acusados de três homicídios consumados e três tentados em Natal, em 2022, vão a Júri Popular, segundo decidiu a Justiça.

Segundo o Ministério Público do Rio Grande do Norte, responsável pela denúncia e pelo pedido de júri, os réus são:

  • o ex-PM João Maria da Costa Peixoto (conhecido como João Grandão),
  • o policial reformado Wendel Fagner Cortez de Almeida (conhecido como Wendel Lagartixa),
  • o policial militar da ativa Francisco Rogério da Cruz,
  • e Roldão Ricardos dos Santos Neto.

 

Eles deverão responder por três homicídios qualificados consumados contra as vítimas Yago Lucena Ferreira, Rommenigge Camilo dos Santos e Felipe Antoniere Araújo, além de três tentativas de homicídios qualificados contra outras três pessoas, que sobreviveram ao atentado.

Além dos assassinatos e das tentativas, o ex-PM João Maria da Costa Peixoto também deverá responder pelo crime de fraude processual, relacionado aos homicídios.

De acordo com a denúncia do MPRN, o crime aconteceu em 29 de abril de 2022, em um estabelecimento comercial no bairro da Redinha, na Zona Norte da capital potiguar. Os quatro réus teriam invadido o local, abrindo fogo contra as pessoas presentes.

Três vítimas perderam a vida no ataque, enquanto outras três sobreviveram “por circunstâncias alheias à vontade dos agressores”, segundo o MP.

A denúncia do MPRN ainda aponta que João Maria da Costa Peixoto tentou obstruir as investigações ao recolher provas da cena do crime.

Um dos réus, Wendel Lagartixa, chegou a ser eleito deputado estadual com o maior número de votos em 2022, no Rio Grande do Norte, mas teve o registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral e não conseguiu a diplomação. Em julho de 2024, a Justiça voltou a determinar a prisão dele pelo triplo homicídio.

A denúncia do MPRN descreve os crimes como tendo sido cometidos em coautoria, com conexão e em concurso material, indicando a participação conjunta dos acusados e a gravidade das ações. Os homicídios foram qualificados por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa das vítimas.

O caso agora segue para júri popular, onde um Conselho de Sentença decidirá o destino dos acusados. Ainda não há data definida para o júri.

Fonte: G1RN

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