Categories: Blog

PONTO DE VISTA DE ALFREDO BERTINI

ONDE ESTIVER O CONHECIMENTO CIENTÍFICO, É COMPENSADOR IR À LUTA – 

Em dez meses de expectativas por uma luz no fim do túnel, o último 17 de janeiro ficará marcado como o nosso “dia v” da pandemia.

Longe dos estrupícios da estratégia e da logística ministerial, não foi o “dia d” de descaso, pautado pelo trato institucional dado ao problema. Nem mesmo a “hora h” de horror, aterrorizada pela asfixia da saúde pública manauara. Cabem aqui o “v” da vida e da vacina. Mas, o melhor mesmo é usá-lo como o “v” de vitória.

Sim, vitória coletiva do trio mosqueteiro que citei em texto anterior. Para efeito de ilustração, são dois coadjuvantes e um protagonista, que juntos reforçaram a importância do conhecimento.

Inicio pela imprensa. Aquela que estudou jornalismo, que sai às ruas em busca do fato real. Que não se esconde por trás de algoritmos virais, capazes de transformar a desinformação em verdade. Aqui, meu reconhecimento aos reais profissionais do jornalismo, que beberam na fonte do conhecimento, ao alcance dos que crêem na pesquisa e na ciência. Por exercerem esse ofício, são alvos constantes dos que “constroem” a chamada “verdade de conveniência”, onde segir o óbvio é conspiração midiática.

Outra força coadjuvante está nos distintos profissionais de saúde. Na dureza de um cotidiano estressante por natureza, enfrentam a pandemia biológica de milhares de indivíduos enfermos e a pandemia mental de parte de uma sociedade negacionista. Um duplo desafio diário, onde a ética faz deles agentes comprometidos com a vida e à mercê da ciência. Mas, enfrentam a ética da “janela da conveniência machadiana”, na qual o comportamento é sempre oposto. A gravidade da doença é conspiração e está no imaginário. Profilaxia e descaso: remédios sim, vacinas não.

No entanto, o protagonismo está nos que exerceram stricto sensu a ciência. Apesar do descrédito revelado pela infâmia de negar, a jornada diária e obstinada desses profissionais apontou para alguma solução. E num tempo recorde, conforme a gravidade da doença.

A virtude da humidade que se rende a vitória parece não ser essência da natureza humana, muitas vezes egocêntrica. Mas, cabem aos humildes saberem realçar os vencedores.

 

https://www.instagram.com/p/CKOsYWGhzKy/?igshid=1xvg4jkctaj0f

 

 

 

 

 

Alfredo Bertini – Economista, professor e pesquisador, ex-presidente da Fundação Joaquim Nabuco

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
Ponto de Vista

Recent Posts

COTAÇÕES DO DIA

DÓLAR COMERCIAL: R$ 5,3920 DÓLAR TURISMO: R$ 5,6980 EURO: R$ 6,3310 LIBRA: R$ 7,2050 PESO…

2 dias ago

Protestos da Geração Z derrubam mais um governo, desta vez na Bulgária

O premiê da Bulgária renunciou nessa quinta-feira (11) após protestos em massa liderados pela Geração Z…

2 dias ago

IBGE prorroga inscrições em processo seletivo com mais de 200 vagas no RN

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prorrogou até a próxima quarta-feira (17) as…

2 dias ago

Filho de sargento denuncia ter sido agredido por militar dentro de quartel do Corpo de Bombeiros em Natal

O filho de um sargento do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte denunciou…

2 dias ago

Câmara aprova lei que autoriza prefeitura de Natal a pegar empréstimo de R$ 660 milhões

A Câmara Municipal de Natal aprovou nesta quinta-feira (11), em regime de urgência, um projeto de lei…

2 dias ago

Metrópole Digital da UFRN oferece 59 vagas para profissionais e estudantes de TI e design; bolsas são de até R$ 6,2 mil

O Instituto Metrópole Digital anunciou a abertura de um processo seletivo com 59 vagas para…

2 dias ago

This website uses cookies.