A RIQUEZA INCOMENSURÁVEL DOS NOSSOS PATRIMÔNIOS VIVOS –
Em certa passagem da sua densa obra, Aristóteles disse que “a cultura era o melhor conforto dos mais velhos”. Imagine-se quando os casos exprimem situações onde as experiências de vida fazem a própria cultura acontecer. Essa condição imaterial não tem preço, pois felizes são as nações que conseguem traduzir o valor de suas obras em patrimônios culturais vivos. Isso é uma riqueza, cuja inveja de quem dela se apossa, é plenamente aceitável.
Por si só, merece evidência toda minha felicidade cidadã de poder compreender que há, na diversidade cultural do nosso país, patrimônios vivos. E esse êxtase se tornou hoje ainda maior quando constatei, que alguns mais longevos nessa experiência de vida, estiveram firmes e fortes na campanha da vacinação.
Elza, Fernanda e Lima são exemplos notórios do nosso orgulho nacional, pelo que fizerem e fazem pela arte e cultura deste país. E esse mérito agora foi ampliado, quando demonstraram para a sociedade que crêem nos esforços racionais e coletivos, que visam à superação dessa triste realidade que nos foi imposta pela pandemia. Apostaram no esforço da ciência. Reconheceram o árduo cotidiano dos profissionais da saúde.
Minhas reverências mais entusiasmadas a esse trio dourado, que acredita nessa vida, por mais complexa que ela se revele agora. Seja ela vivida como a “paródia” vista pelos olhos de Simone de Beauvoir. Ou como, pelas “crudelíssimas” lentes dos autores realistas.
O certo mesmo é que, diferente de uma juventude que estuda e acumula sabedoria, os experientes sabem como fazer das suas maturidades os melhores usos. Bem como profetizava Rousseau.
Então, viva Elza Soares, Fernanda Montenegro e Lima Duarte!
Patrimônios vivos da cultura brasileira.
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Alfredo Bertini – Economista, professor e pesquisador, ex-presidente da Fundação Joaquim Nabuco