IMPRENSA LIVRE: ENTRE O MILENAR EXEMPLO DA COMUNICAÇÃO OFICIAL E A RESISTÊNCIA DEMOCRÁTICA I –
Em 59 aC, o Imperador César criou o jornal ACTA DIURNA. Sem máquinas de impressão, mas contando com as opiniões dos “correspondentes imperiais”, deram-se às notícias os indícios iniciais do que veio a se consagrar depois como jornalismo, apesar do viés marqueteiro do Império. Começou-se a “dar a César o que era de César”. Por escrito.
“Novas impressões” deram outro sentido ao tema. Aliás, na expressão dupla dessa palavra. Pela revolucionária máquina impressora de Johannes Gutenberg e pela certeza de uma nova era de conhecimento, cujo papel da imprensa passou a ser vital. Nasceram daí as grandes conquistas que pautaram a Idade Média.
No Brasil, a imprensa surge com a chegada da Corte lusitana ao Rio de Janeiro. O começo deriva da criação da “Imprensa Régia” e a publicação da “Gazeta do Rio de Janeiro”, que nos primeiro e segundo impérios mudou de nome, embora tenha mantido seu estilo de veículo oficial. Um começo à semelhança da moda romana.
Esse traço inicial de “origem de fábrica”, no sentido de serem os jornais uma linha de comunicação governantal, talvez possa explicar essa “apropriação da verdade” que costuma dar verniz aos distintos governos. Se ela não representa a esperada, são inadmissíveis as opiniões críticas. Ou seja, a tão valorada “liberdade de expressão” só transita em mão única. E a favor, claro.
Uma história universal, mas que no Brasil Imperial surge com os jornais alternativos ou pasquins, grandes responsáveis pelas reações políticas contrárias. Nesses particulares, as teses abolicionistas e republicanas tiveram enorme respaldo das dezenas de veículos que questionavam nossos imperadores e suas cortes. A sátira expressa em textos e ilustrações sempre fez parte do cotidiano.
A sequência dos fatos históricos nacionais manteve essa tradição de embates entre o poder político e o poder da mídia. Esta, agora, reforçada pelas novas dimensões de alcance promovidas por veículos alternativos como o rádio e a televisão. Aqui, o exemplo nacional está bem colocado pela força das grandes corporações.
Essa nova etapa, contarei no texto seguinte.
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Alfredo Bertini – Economista, professor e pesquisador, ex-presidente da Fundação Joaquim Nabuco
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