A DIÁSPORA NO CONTEÚDO INFORMATIVO ATUAL E O CONTÁGIO DAS CRIMINOSAS “FAKES NEWS” –
A diáspora que se enxerga na sociedade atual causa muitos efeitos deletérios. Um deles é tentar impor um falso dilema entre o conteúdo informativo que é veiculado nos órgãos de imprensa daquele pulverizado pelas redes sociais. Exemplo: de ontem para cá, ganhou força um vídeo mentiroso que insinua letalidade nas vacinas. No reino da verdade absoluta, tudo pode para desmoralizá-las por mero prazer ideológico. Então, que se dê vivas à militância viral. No duplo sentido.
Lucidez é preciso. A veiculação na imprensa formal é consequência natural de quem forma para informar diante do discernimento. A veiculação nas redes é informal e apenas informa para formar diante do despautério.
No geral, a informação difundida pela chamada imprensa convencional estimula a diversidade de opinião. Considera o exercício do contraditório. É pilar da democracia. A informação propagada pelas redes sociais estimula a homogeneidade de opinião. Desconsidera o contraditório. É fonte do populismo autocrático.
Uma parte da sociedade exerce um prazer mórbido por querer desinformar. Daí, fortalecer uma visão maniqueísta entre o que entende ser o seu bem contra o que se vê como o mal dos outros. O restante resiste no seu compromisso em negar esse estado de coisas que convive no absurdo e surreal.
Eis aqui mais uma leitura dessa diáspora cotidiana. Para desgosto de quem espera a “verdade verdadeira” e a sensatez do equilíbrio.
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Alfredo Bertini – Economista, professor e pesquisador, ex-presidente da Fundação Joaquim Nabuco