ARQUIBALDO E TELEGILDO: EU ME ESPELHO EM DOIS TORCEDORES –
A expressão “alter ego” não permite plural. O “outro eu” ou “segundo eu”, por si só, não faz lá tanto sentido. Mas, permita-me o leitor que eu leve o assunto na esportiva, pela descontração que este espaço me propicia. Assim, irei contrariar a lógica e o léxico que seguem o velho evangelho gramatical.
Ao dizer que tenho em mim dois substitutos perfeitos e idênticos, no instante que exerço meu papel de torcedor, fujo de quaisquer pretensões de soberba ou ambição. De cara, refuto aqui qualquer dom extraordinário que exponha minha modesta verdade como se fosse absoluta. Nem muito menos me insurjo à genialidade de Fernando Pessoa e daí ouse assumir seu apreço pelos heterônimos. Afinal, minha cognição é restrita, diante de tamanha sapiência literária.
Assim, para mim, tudo é muito trivial, pois são apenas dois seres que me habitam, na condição de distintos torcedores – Arquibaldo e Telegildo. Inseparáveis, geminados, mas diferentes.
Arquibaldo é figura popular, gosta do contato social. Como torcedor, é daqueles que não perde um jogo. No campo, pois essa história de assistir às partidas pela televisão não é com ele. Sua disposição é presencial, nada virtual. Nos tempo de hoje, pode-se dizer que ele é analógico mesmo. Essa conversa de telas não lhe cabe. Não há sofá ou poltrona que substitua o cimento da arquibancada.
Por sua vez, Telegildo é um ser diferente. Torcedor presente, mas à distância. O sofá de casa é o trono da sua soberania como torcedor. Diante de uma tela, claro. Com controle remoto na mão, um “mouse”, ou mesmo, na pegada dos dedos ele se assume como um ser digital.
Uma vez apresentados ao público, cabe-me agora contar suas histórias. Às vezes individuais, outras vezes conjuntas. Harmoniosas ou não. Assim, meu esforço enquanto cronista amador desse cotidiano esportivo, está simplesmente em demonstrar, que o torcedor é peça importante da engrenagem do futebol. Pelo fato do seu coração pulsar por paixão, nada como registrar tamanho sentimento por palavras. E como estas foram dadas aos homens para que lhes servissem de inspiração e daí as transformassem em arte, vale-me tentar.
Por enquanto, o leitor vai-se colocar aqui na expectativa. Ou na torcida, como Arquibaldo e Telegildo. Isso porque a primeira das minhas histórias eu só contarei depois. Cabe o suspense.
Alfredo Bertini – Economista, professor e pesquisador, ex-presidente da Fundação Joaquim Nabuco
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