Notas Avulsas da Política Econômica –
Os Primeiros Sintomas Macroeconômicos do Ano
Nada além que aviões de carreira a voarem pelos céus. Ou seja, os desafios da conjuntura econômica para os próximos meses não mudam com relação às previsões de final de ano. Apesar dos sinais de uma inflação pouco acima da meta, a projeção se mantém abaixo do assustador patamar dos dois dígitos, algo registrado no ano passado. De qualquer forma, após o primeiro mês do ano corrente, não há mesmo sinais contrários às expectativas pouco alvissareiras, em termos de política econômica.
Conduzidas sem a presteza de um norte que desse orientação a um plano efetivo de desenvolvimento nacional, as ações governamentais chegaram ao seu quarto ano de governo, de modo atabalhoado, à mercê de circunstâncias quase sempre adversas. Desconsidere-se aqui um mínimo verniz ideológico, explicado pelo confronto entre o liberalismo nato da equipe econômica e a base política de apoio. Não só pelo distanciamento entre o ministério e o congresso. Muito mais pelos próprios espasmos do Executivo, em nome de uma gastança relacionada com os vieses de um nacional-populismo, que se abraça com os corporativismos.
Assim, as políticas econômicas representam esforços em nome de um equilíbrio macroeconômico, vistos pelos vetores monetário, fiscal e cambial.
Uma vez que o tema da inflação tem-se tornado prioritário, conforme se percebe hoje, todo instrumental de combate sinaliza para o manejo adequado da oferta monetária, do controle da despesa pública e de uma atenção com o câmbio. O resumo que se extrai de momento, então, repete o diagnóstico e receituário convencional. Vejamos.
1) Política Fiscal
Nenhuma novidade para 2022. As reformas tributária e administrativa não devem avançar, haja vista a antecipação do embate eleitoral. Para piorar, o Executivo e o Legislativo tentam relevar uma tese de entendimento, quando emendas parlamentares ganham notoriedade, enquanto moeda de troca de apoio político. Nesse sentido, o teto do orçamento foi desmoralizado e esse instrumento de gestão passou a ser ainda mais conivente com o desequilíbrio entre receitas e despesas. Populismo na veia.
2. Política Monetária
No regime de metas relacionadas com o controle da inflação, pelo menos se tem em conta o papel de autoridade independente. É justamente essa a missão de quem se encarrega de por em prática essa competência: o Banco Central. Por essa necessária condição de guardião da moeda, a instituição se vê imbuída do compromisso de elevar os juros como último recurso, algo que se deu, mais uma vez, nesta semana. A volta da taxa SELIC ao patamar dos dois dígitos aparenta um retrocesso, mas é a arma que se tem para atacar o inimigo. Quem sabe com a inflação próxima da meta, consegue-se um pequeno recuo dessa taxa. É o que se espera.
3) Política Cambial
Como o câmbio opera em linha com o mercado, sem controles diretos, os perigos vêm de fatores exógenas. Os riscos de perdas graduais do estoque de divisas por conta de taxas de câmbio desfavoráveis é um cenário desejável. Mas, há condicionantes de fora e de dentro. Inflação e elevação dos juros no ambiente externo são preocupações. Talvez pior do que isso, a falta de visão do governo com os assuntos externos, sobretudo, quando atitudes e gestos isolam ainda mais o país. A conferir.
Alfredo Bertini – Economista, professor e pesquisador. Ex-Presidente da Fundação Joaquim Nabuco
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