IBGE: Em 2022, 10,6% dos brasileiros se declararam pretos, contra apenas 7,4% em 2012 — Foto: Divulgação/Secretaria Estadual de Cultura
IBGE: Em 2022, 10,6% dos brasileiros se declararam pretos, contra apenas 7,4% em 2012 — Foto: Divulgação/Secretaria Estadual de Cultura

A parcela da população brasileira que se declara preta deu um salto em 10 anos. Em 2022, 10,6% dos brasileiros se declararam pretos, contra apenas 7,4% em 2012. Foi o maior aumento entre os grupos raciais brasileiros.

Os dados são da divisão de Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2022 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O aumento no número de pessoas que se declara preta aconteceu em todas as grandes regiões do país, com destaque para o Nordeste — por lá, essa alta foi de 8,7% para 13,4% no período. Em seguida vem a região Sudeste, com 11,2% da população residente de cor preta no ano passado, contra 8,2% em 2012.

O grupo de pessoas que se declaram pardas é o maior do país, com 45,3% das respostas em 2022. No mesmo intervalo de 10 anos, o grupo variou pouco: eram 45,6% naquele ano.

Nesse caso, a região Sul registrou o maior aumento da proporção de pessoas pardas, de 16,7% para 20,9%. O Sudeste também apresentou uma alta entre 2012 e 2022, de 36,4% para 37,3% — mas todas as outras regiões do país registraram queda nessa parcela da população no mesmo período.

Por fim, os dados do IBGE também apontam que houve redução entre aqueles que se declaram brancos. Em 2021, eram 46,3% dos brasileiros. Já em 2022, o percentual caiu para 42,8%, uma redução de 3,5 pontos percentuais.

Vale destacar que todas as grandes regiões do país registraram queda no número de pessoas que se consideram brancas, com destaque para o Sul: entre 2012 e 2022, essa parcela variou 6 pontos percentuais (p.p.), de 78,8% para 72,8% na região.

Em seguida veio o Sudeste, com uma redução de 4,4 p.p. nessa parcela da população em igual base de comparação, de 54,5% para 50,1%, e o Centro-Oeste, que registrou queda de 3,4 p.p. na mesma relação, de 39,5% para 36,1%.

Fonte: G1

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