A peça ‘Por que Paris?’, do Grupo Carmin, estreia nesta quinta-feira (23) na Casa da Ribeira, em Natal. Com Adelvane Néia e Quitéria Kelly no elenco, a peça tem direção de Henrique Fontes e texto de Pablo Capistrano e James Edward Bailey. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
“Por que falar de uma mulher de mais de cem anos?” “Por que construir uma cidade em cima de dunas?” “Por que construir um país em cima da culpa?” “Por que o que é de fora é sempre melhor?” “Por Que o Terror?” “Por Que o Teatro?”. Essas foram algumas das perguntas que se fizeram ecoar no processo de um ano e meio de montagem da peça “Por Que Paris?”.
A mulher centenária em questão é Marguerite Duras (1914 – 1996), escritora indochino-francesa polêmica e apaixonante, que teve como obra mais emblemática o romance “O Amante”. Sua vida e obra foram apresentadas ao grupo Carmin pelo especialista Laurent Camerini.
Ao entrar em contato com a vida e obra de Marguerite Duras, o Grupo Carmin descobriu forte relação entre seu trabalho de pesquisa em teatro documental e a linguagem usada pela escritora, que mistura ficção e realidade. A trajetória de vida de Duras, em muitos aspectos, também se assemelhou com a vida das atrizes Quitéria Kelly e Adelvane Néia.
A peça foi construída inicialmente fazendo um recorte das vidas de Marguerite e das atrizes Quitéria Kelly e Adelvane Neia. Muito material foi levantado e a referência mais forte que as unia era a busca por um lugar que comportasse os sonhos. Paris, que historicamente tem acolhido intelectuais e artistas do mundo todo, foi a cidade denominada como o lugar destino para esses sonhos e essas mulheres.
Montagem
A montagem do espetáculo “Por Que Paris?” foi orçada em R$ 45 mil, conta com patrocínio do edital SESC Artes Cênicas 2014 e do Morada da Paz. Para complementar o financiamento, o Grupo Carmin lançou uma campanha para arrecadar fundos na internet e em 60 dias atingiu um recorde na captação colaborativa no RN. Inicialmente o grupo havia proposto R$ 15 mil, mas ao final do prazo foram captados R$ 16.267,00 de 214 colaboradores.
A obra foi patrocinada pelo edital Sesc Artes Cênicas 2014, co-patrocinada pelo Cemitério e Crematório Morada da Paz, com o apoio da Casa da Ribeira, FM Universitária e 214 pessoas que patrocinaram via financiamento coletivo Catarse.