POR QUE NÃO MUDAR? –

Ano 2020, mês de maio. Primavera, mês das flores, poético, lírico, mês das noivas, das mães, mês de Maria.

Infelizmente este ano chegou em um cenário diferente: com espinhos, apreensão, medo e pânico pela presença de uma pandemia virótica — a Covid-19.

Exaurido, inebriado de tantas e tantas más notícias, achei por bem  e para deleite dos leitores, procurar uma tese (terapêutica) leve, suave e poética para despertar, clarear e amenizar o sofrimento da alma.  Peguei o meu receituário ( não controlado) e prescrevi alguns versos, algumas estrofes de grandes mestres, poetas musicais que tanto nos amenizam e nos trás paz com suas belas, irresistíveis e inesquecíveis odes musicais. Vejamos.

– Você é como água de cacimba

Limpa, doce, saborosa

Todo mundo quer beber.

(Dominguinhos/Nando do Cordel)

– Luto preto é vaidade

Neste funeral de amor

O meu luto é saudade

E a saudade não tem cor

(Noel Rosa).

– Até a lua do Rio

Num céu tranquilo e vazio

Não inspira mais amor

O violão desafina

Porque chora em cada esquina

A falta do seu cantor.

(Herivelto Martins/David Nasser)

– O sol há de brilhar mais uma vez

A luz há de chegar aos corações

Do mal será queimada a semente

O amor será eterno novamente.

(Nelson Cavaquinho/Elcio Soares)

– E eu, pobre com sacrifício

Fiz um céu do teu suplício

Pus riso na tua dor.

(Mário Lago/Benedito Lacerda)

– Se todos fossem iguais a você

Que maravilha viver.

(Tom Jobim/Vinicius de Moraes)

– Nas minhas mãos a despedida

Nas tuas mãos a minha vida.

(Luís Antônio)

– Aquela estrela é bela

Vida, vento, vela

Leva-me daqui.

(Belchior)

– Ando devagar porque já tive pressa

E levo esse sorriso

Porque já chorei demais.

(Renato Teixeira/Almir Sater

– Quem dentro de si não sai

Vai morrer sem amar ninguém.

(Vinicius de Moraes/Baden Powell)

— Tire o seu sorriso do caminho

 Que eu quero passar

 Com a minha dor

 (Nelson Cavaquinho/ Alcides Caminha)

— Quando o verde dos seus olhos

 Se espalhar na plantação

 Eu te  asseguro não chore não, viu

 Que eu voltarei, viu

 Meu coração

 (Humberto Teixeira/ Luiz Gonzaga)

 

 

Berilo de Castro – Médico e Escritor,  [email protected]

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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