No primeiro mês de 2021, Portugal registrou 5.576 mortes por complicações do coronavírus, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde divulgado no domingo (31). O número representa quase a metade (44,7%) das mortes por Covid-19 no país desde março.

O forte aumento no número de mortes e casos já preocupa o país que tem pouco mais de 10 milhões de habitantes e que vê seu sistema de saúde à beira do colapso com a falta de oxigênio e leitos de UTI e funerárias abarrotadas.

Uma estimativa feita pela agência de notícias France Presse coloca Portugal como o país mais afetado pela pandemia proporcionalmente à sua população. Apenas em janeiro, foram mais de 305 mil novos casos de Covid-19, cerca de 43% das infecções totais.

As autoridades culpam o rápido aumento no número de casos à variante britânica do vírus – mais transmissível –, e o relaxamento das medidas sanitárias durante as festas de fim de ano.

A alta nas infecções acontece mesmo com o país já tendo começado sua campanha de vacinação. Cerca de 70 mil portugueses receberam as duas doses da vacina contra a Covid-19 e, nesta segunda (1º), a campanha avança para imunizar idosos com 80 anos ou mais.

Falta de leitos

No fim de semana, Portugal informou que tinha apenas sete leitos vagos em unidades de terapia intensiva (UTIs) instaladas para casos de Covid-19 em seu território continental – o que desconsidera a Ilha da Madeira, por exemplo.

O novo surto de infecções causadas pelo coronavírus levou as autoridades a enviar alguns dos seus pacientes em estado grave para territórios marinhos de Portugal.

O país tem 850 leitos de UTI reservados para casos de Covid-19 e mais 420 leitos de UTI para atender pacientes com outras doenças.

Fonte: G1

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