Na era do real, o brasileiro nunca guardou tantos recursos na poupança quanto no mês passado. Os depósitos em poupança superaram os saques em R$ 9,451 bilhões em junho, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). A captação líquida (depósitos menos saques) é a maior da série histórica do BC, iniciada em 1995. Nos seis primeiros meses do ano, a captação líquida de R$ 28,273 bilhões também foi recorde para o período.

No mês passado, os depósitos ficaram em R$ 116,046 bilhões e os saques em R$ 106,595 bilhões. Foram creditados R$ 2,346 bilhões de rendimentos no mês. O saldo dos depósitos em poupança ficou em R$ 538,449 bilhões. O volume de ingresso líquido na poupança em junho foi 84,77% maior do que em igual mês do ano passado, quando somou R$ 5,115 bilhões. A maior captação para o mês havia sido em junho de 2002, quando somou R$ 5,293 bilhões.

Um terço de toda a captação líquida da poupança em junho ocorreu no último dia útil do mês, que também foi o último dia útil do semestre. As informações do BC revelaram que, da entrada líquida mensal de R$ 9,451 bilhões, ingressaram R$ 3,105 bilhões apenas no dia 28. Nessa data, o volume de depósitos na caderneta foi de R$ 9,898 bilhões e o de retirada, de R$ 6,793 bilhões.

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