Campeã mundial em piscina curta, Etiene Medeiros voltou a colocar o seu nome na história do esporte brasileiro nesta quinta-feira. A pernambucana de 24 anos se tornou a primeira mulher do País a subir ao pódio em um Campeonato Mundial de Natação ao ganhar a prata nos 50m costas, disputa que não faz parte do programa olímpico.
Etiene já havia feito história no Mundial de Piscina Curta de Doha (Catar), no fim do ano passado, com a primeira medalha do Brasil, e nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, quando ganhou o primeiro ouro. Todas as conquistas vieram nos 50m costas.
Em Kazan, a brasileira havia sido balizada com o melhor tempo, o que fazia dela favorita antes das eliminatórias. Mas Etiene sempre nadou mais lento do que a chinesa Yuanhui Fu, que acabou com o ouro. Foi 0s08 mais lenta nas eliminatórias e 0s23 na semifinal.
Na final, Etiene bateu o recorde sul-americano, com 27s26, mas a marca não foi suficiente para superar a chinesa, favorita, que ganhou com 27s11. A brasileira comemorou ter baixado seu tempo pela terceira vez na competição e se aproximado inclusive do recorde mundial, que é 27s06.
O 50m costas, entretanto, não é uma prova olímpica. Na distância de 100 metros neste estilo, Etiene não conseguiu avançar à final. Ficou em nono nas eliminatórias. Ela ainda participa da prova de 50m livre e do revezamento 4x100m medley em Kazan, na sexta e no sábado.
O Brasil por enquanto tem três medalhas nas provas de natação do Mundial de Kazan, todas de prata. Duas delas foram conquistadas em provas não-olímpicas, com Etiene e Nicholas Santos (50m borboleta). Até aqui, o Brasil só fez quatro finais nas distâncias olímpicas. Thiago Pereira foi prata nos 200m medley, prova em que Henrique Rodrigues foi sétimo. Marcelo Chierighini ficou em quinto nos 100m livre, enquanto o revezamento 4x100m livre masculino terminou em quarto.