O nosso querido Brasil é preconceituoso desde pequenininho, apesar da miscigenação. Esse negócio de não poder usar expressões como ”negro” ao se referir a uma pessoa de cor, e sim de “afro descendente” é de uma bobagem sem tamanho.
O humorista Tiririca, hoje deputado federal, foi processado por conta disso ao usar o termo “negrinha do cabelo pixaim”, numa de suas músicas. Termos como cabocla, mulata, negra, não pode.
Um branco casar com uma “afro descendente” dá o que falar. Pouca gente aceita. Pelé quando namorava Xuxa, na década de 70, foi um escândalo. “Negro trem é que gostar de negra”, diziam. A beleza é o que menos importa. Tem cada negra e negro lindos e inteligentes.
Há pouco mais de 10 anos a indústria de cosméticos começou a criar produtos para esse mercado em franca expansão. Os negros começavam a ter sua importância na vida brasileira. Ganharam cota para escolas, universidades e até mesmo na propaganda onde ainda são pouco usados. Por que? Porque donos de empresas não querem “esse povo” em seus comerciais.
Nos shoppings centers, na maioria das lojas, não se vê negros atendendo. E quando tem, são discriminados, até mesmo por colegas.
O acesso do negro ao mercado de trabalho é difícil, principalmente se for para cargos de confiança ou elevados.
Aí eles vão pra serviços mais humildes, praticar esportes, ser sambista ou religiões. Depende, pois são raros os padres pretos. Na santidade só dois negros: São Benedito e N. S. Aparecida, que, por sinal, e padroeira do Brasil.
O negro Joaquim Barbosa quando assumiu o ministério e chegou a presidência, foi um assombro geral. Pelo seu excelente trabalho, falam que ele é pré-candidato a presidente do Brasil em 2018. Hoje, na Corte dos STF, STE, OAB, entre outros, não há negros em cargos mais elevados.
Nas Forças Armadas, Marinha e Aeronáutica, por exemplo, também não há negros em patentes mais altas.
Eu não sei como não proibiram a música de Alcione que fala: “você é um negão de tirar o chapéu”.
Bom, exemplos e preconceitos existem muitos e quem não conhece algum? E você acha que isso vai mudar? Claro que não. Isso é da nossa cultura.