PREFÁCIO PARA HELOÍSA BRANDÃO –
Gostei do desafio de escrever o prefácio da brilhante escritora e poetisa Heloísa Brandão. Não senti nenhuma dificuldade, pois o contato quase que diário estabelecido com os dias que antecederam a leitura dos originais, e a escrita do prefácio, foram de afinidade com sentimento que a autora estava experimentando por gestar a sua obra.
Pois bem! Vamos ao prefácio:
“Heloisa Brandão bem que poderia ter sido a musa inspiradora da música “Deixa a vida me levar”, pois é feliz e agradece por tudo que faz. E faz “Enquanto a Vida Acontece”.
A autora, que já se apresentou como “(Minha) Alma Nua”, tem o dom de escrever com clareza e simplicidade. Seus textos são vivos, pois retratam a vivência experimentada no cotidiano de suas observações.
Quem é Maria Heloísa Brandão Varela?
Ela diz que é “criança, adolescente, jovem e uma mulher na terceira idade, tudo de uma só vez que me permite ser o que quero, o que posso e o que sonho”.
Dito isso, quase não me sobra nada para acrescentar a essa talentosa escritora, mas mesmo assim preciso contar como foi que a conheci.
Certo sábado de 2019, fui à Toca do Caranguejo, em Pirangi do Norte e lá me foi apresentado por Liete Leite: – Essa é minha amiga, escritora, poetisa, Heloísa. Não é difícil adivinhar que a tal escritora estava literalmente escondida por trás de um amontoado de cascos e cascas de Uça, da família dos ocipodídeos. A carne do caranguejo-uçá é muito apreciada, mas, a então amiga parecia estar em estado de graça. Mesmo assim, arranjou um tempinho para a saudação formal do primeiro contato que, posteriormente, vem se perpetuando como alvissareiro, pelo debruce sobre seus escritos.
A cada leitura fui sedimentando fragmentos para ir formando um “retrato” da sua sensibilidade, a partir das inspirações que se mostravam nas entrelinhas de cada texto e, de modo especial, nos seus poemas.
Neste livro, podemos perceber a sua freima literária no poema Ansiedade. “Como está inquieta / A pobre alma da poeta / Procura no silêncio / Procura na alegria / Procura na solidão / …
A procura é uma de suas características. Não uma procura como arguição, mas como algo sempre novo, que acrescente florescer, luz, calor, cores e saudades, tais como nas “Estações da Vida”.
Um passeio pelas páginas do “Enquanto a Vida Acontece” nos leva a entender o pulsar de um coração que ama a família e que expõe a alma encantadora que ensaiou as primeiras notas musicais no piano que aceitava a elegância de seus toques.
Segue nas suas estações relembrando os momentos mágicos de um tempo que não foge. Não foge, pois foram vivos e traquejados no calor humano.
Certamente, cada um que desfrutar destas lembranças, aprenderá que a vida é muito mais do que ela se apresenta.
Heloísa Brandão, descobriu que certo dia foi um anjo bom. Porém, digo eu, ela é, sempre, uma companhia agradável que exala alegria de viver.
Agora, vamos nós, com a mesma disposição com que Heloísa nos oferece, ler atentamente cada texto e cada poema deste livro e dele aprender ‘Enquanto a vida acontece’.”
Pronto!
Esse foi o prefácio.
Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil, escritor e Membro da Academia Macaibense de Letras, josuacosta@uol.com.br
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