O prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), disse que a retomada da obra da engorda de Ponta Negra com o uso de uma nova jazida de areia não gera a necessidade de que uma nova licença ambiental seja expedida.
A afirmação feita nesta segunda-feira (23) em uma coletiva de imprensa se baseia na publicação do decreto de situação de emergência na sexta-feira passada (20), pela prefeitura, por conta dos danos causados pelo avanço do mar em Ponta Negra.
“Nós pedimos o parecer da Procuradoria Geral do Município, que constatou que, em uma situação emergencial, nós podemos autorizar o início da obra de engorda sem o licenciamento ambiental, porque a legislação, as leis vigentes no país amparam e autorizam o gestor a agir dessa forma, proceder dessa maneira”, disse Álvaro Dias.
Um dia após o decreto ser publicado, a obra da engorda foi retomada pela prefeitura. A obra ficou parada mais de duas semanas, porque pesquisadores constaram que a jazida que estava sendo usada não servia para a engorda devido à qualidade e à quantidade da areia.
A nova jazida de areia que passou a ser usada fica a 10 km da costa da capital, praticamente em uma linha reta partindo do ponto da Via Costeira onde a obra foi iniciada.
As informações estão no relatório técnico produzido por uma empresa contratada pela Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) e incluído pela prefeitura da capital potiguar no processo de licenciamento da obra, ao qual o g1 teve acesso.
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) não confirmou, até a última atualização desta matéria, se a nova jazida fica dentro da área que já estava licenciada inicialmente.
Segundo o prefeito de Natal, Álvaro Dias, o decreto emergencial se deu porque o avanço da maré “se configurou de uma maneira mais agressiva” nos últimos dias, derrubando muro de proteção de dois hotéis e ampliando o processo erosivo do Morro do Careca, o que foi reforçado pela Defesa Civil do Município.
Nesta segunda-feira, o Morro do Careca foi isolado pela prefeitura.
“Nós, em virtude do agravamento, autorizamos o início da engorda e tomamos todas as providências cabíveis, inclusive todas aquelas que foram recomendadas pela Defesa Civil do Município, que vistoriou o local e deu até o parecer através de um relatório substanciado entregue à prefeitura”, disse Álvaro Dias.
O Município informou que o uso de uma nova jazida não representa aumento nos custos e nem o prazo da obra da engorda. “Eu acredito que não haverá nenhuma dificuldade porque uma obra emergencial, necessária, fundamental, inclusive para proteger vidas humanas”, disse o prefeito.
O relatório técnico produzido por uma empresa contratada pela Funpec e incluído pela prefeitura da capital potiguar no processo de licenciamento mostrou que a engorda fica a 10 quilômetros de distância da costa.
“Após a identificação de fortes indícios de uma área com bom potencial para servir como jazida sedimentar à obra de engorda de Ponta Negra, os esforços foram concentrados nessa região, o que possibilitou confirmar sua qualidade como jazida de areia de granulometria média a grossa, compatível com o tamanho médio da areia nativa da Praia de Ponta Negra”, diz o relatório.
O documento aponta que os estudos foram realizados na nova área entre os dias 12 e 19 de setembro de 2024. Na última sexta-feira (20), a prefeitura publicou um decreto de emergência alegando avanço do mar sobre o Morro do Careca e hotéis da região e a obra foi retomada no sábado (21), antes de qualquer anuência do Idema.
“Recomenda-se comunicação imediata ao Idema sobre a alteração da jazida e as razões emergenciais que justificam a sua execução sem a anuência prévia, em conformidade com o parecer técnico que fundamenta esta consulta”, diz o parecer jurídico.
Segundo o município, a previsão é de que o aterro da praia utilize 1.004.018,00m³ de areia. De acordo com os estudos iniciais, a jazida teria “preliminarmente” um volume de 1.500.000 m³.
A obra da engorda estava paralisada desde o dia 3 de setembro, após a Funpec, contratada pelo município, ter identificado cascalho nos sedimentos retirados do banco de areia licenciado.
A retomada da obra aguardava a conclusão de um novo estudo (o terceiro em nove anos) no local, para garantir que a areia retirada era própria para a obra. O município também confirmou que procurava novos bancos de areia para dar continuidade à obra.
Fonte: G1RN
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