Prefeitura de Natal adia início do ano letivo da rede municipal para o dia 29 — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
Prefeitura de Natal adia início do ano letivo da rede municipal para o dia 29 — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

A prefeitura de Natal anunciou nesta segunda-feira (20) o adiamento do início do ano letivo de 2023 da rede municipal de ensino, que estava previsto para esta terça-feira (21). As aulas nas 146 unidades escolares agora começarão no dia 29 de março.

A decisão tomada pela Secretaria Municipal de Educação foi motivada pela “atual realidade de insegurança em todo o Rio Grande do Norte”, que chegou a sete dias de ataques criminosos, e também atendeu a recomendações da Ronda Ostensiva de Proteção Escolar (ROPE) da Guarda Municipal de Natal.

O comunicado lembra que o adiamento tem como prioridade a segurança de todos os trabalhadores da rede municipal de ensino de Natal” e dos mais de 57 mil estudantes atendidos nas unidades de ensino. A prefeitura também diz que a nova data será avaliada “permanentemente e que qualquer alteração será noticiada para toda população”.

A SME informa ainda que as matrículas para os estudantes novatos permanecem prorrogadas nas unidades de ensino.

O estado vem sendo alvo de ataques criminosos desde o dia 14 de março, com incêndios e disparos de arma de fogo contra prédios públicos, comércios e veículos. Segundo a polícia, as ações são orquestradas por uma facção criminosa.

Até o domingo (19), o estado contabilizou 284 ataques.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou investimentos de R$ 100 milhões para a área de segurança pública do Rio Grande do Norte, durante entrevista coletiva, no fim da manhã desta segunda-feira (20).

Atualmente, o RN conta com um efetivo extra de 700 agentes das forças federais e da força nacional, além de militares enviados por outros estados. O governo ainda espera a chegada de mais 290 agentes da Polícia Rodoviária Federal.

Ataques

Mais de 50 cidades do Rio Grande do Norte foram alvos de atos criminosos em uma semana. O terror começou na madrugada de terça-feira (14), quando prédios públicos e privados foram depredados, veículos incendiados e moradores das regiões ficaram em estado de pânico.

No primeiro dia, ao menos 20 cidades foram alvos de destruição. Um fórum de Justiça, duas bases da Polícia Militar, a sede de uma prefeitura e outros prédios públicos foram alvos.

Veículos foram incendiados, incluindo ônibus do transporte público. Nos dias seguintes, mesmo com a segurança reforçada, os ataques continuaram. Mais de 130 pessoas pessoas foram presas suspeitas de envolvimento nos ataques até esta segunda (20).

Na madrugada de sexta-feira (17), um incêndio criminoso em um prédio da Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, causou prejuízo estimado em R$ 10 milhões, somente com medicamentos perdidos.

Fonte: G1RN

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