Em assembleia geral ordinária, os acionistas da Petrobrás aprovaram ontem as demonstrações financeiras da companhia em 2015. O prejuízo foi de 34,8 bilhões de reais por causa de baixas contábeis em seus ativos. O registro das perdas foi classificado como “absurdo” por alguns presentes na assembleia. As contas da companhia foram aprovadas por 71% dos acionistas. 21% se abstiveram de votar e outros 8% foram contra as demonstrações financeiras. O volume de baixas contábeis registrado pela companhia foi considerado como um “rombo virtual”. O mais grave da baixa é que se a Petrobras não pagar dividendos aos acionistas por três anos, e esse já é o segundo ano em que não paga, as ações preferenciais passam a ter voto, segundo um acionista presente. Assim, a gestão passaria ao controle da iniciativa privada. A maioria dos acionistas preferenciais são estrangeiros e isso pode ser considerado um risco para o país. Mas o presidente da assembleia, Francisco Costa e Silva, ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), afirmou que “em hipótese alguma” as ações preferenciais podem ser convertidas em ordinárias.” A lei estabelece que sociedades de economia mista terão sempre o controle da União. Não há hipótese de haver desnacionalização”, reforçou. Ao afirmar o voto da União, a procuradora federal Maria Tereza Lima destacou apoio às ações judiciais da estatal para reaver prejuízos revelados pela Operação Lava Jato.
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