O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, homenagearam nessa terça-feira (27), no memorial “USS Arizona”, as vítimas do ataque a Pearl Harbor, cometido há 75 anos.

Em seu discurso, Abe, conforme esperado, não pediu desculpas em nome do Japão, mas ofereceu condolências e falou sobre os soldados mortos no ataque. “Cada um deles tinha pai e mãe, muitos tinham esposas e namoradas. Muitos tinham filhos que adorariam terem visto crescer. Tudo isso foi encerrado. Quando contemplo isso, fico completamente sem palavras”, disse.

Em sua visita a Hiroshima este ano, Obama também lamentou, mas não pediu desculpas pelo ataque americano que lançou uma bomba atômica sobre a cidade japonesa.

Abe disse ainda que depositou flores nas águas em nome dos japoneses. E se dirigiu a Obama, às pessoas nos EUA e no resto do mundo, dizendo oferecer suas “mais profundas condolências pelas pessoas que morreram aqui e por todas as pessoas inocentes que se tornaram vítimas da guerra” e afirmando que “não devemos nunca mais repetir os horrores da guerra”.

O primeiro-ministro japonês lembrou ainda o papel dos EUA em reabilitar seu país na diplomacia internacional após o fim da guerra e disse que as duas nações se uniram pelo “poder da reconciliação”. Ele afirmou também que a união de ambos os países é uma “aliança de esperança” para o futuro.

Obama disse que a visita de Abe é um lembrete de que as feridas de uma guerra podem dar espaço a uma amizade e chamou o local da homenagem de “sagrado” para os americanos, citando nominalmente alguns dos soldados que executaram atos de heroísmo durante o ataque, salvando a vida de colegas.

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