PRESENTE, PASSADO, FUTURO –
O presente a gente vive, o passado a gente lembra e o futuro à Deus pertence. Com essa frase na cabeça, comecei a pensar na vida. Cheguei a uma conclusão, óbvia, mas que nem sempre a gente chega a ela com facilidade.
Em primeiro lugar, viva o presente. Aproveite, procure evitar problemas, se movimente, veja seus amigos e converse com eles, com seus parentes, nem que seja por telefone. Ninguém sabe o dia de amanhã. Cada momento do seu dia deve ser preenchido pelas coisas mais positivas que conseguir. As negativas surgem sem você desejar, mas há que enfrentá-las com coragem. Evite-as, se puder. Se não, encare-as. Como tudo na vida, passarão. Tento fazer exatamente isso e, confesso, tenho me dado muito bem.
Nada melhor do que lembrar o passado. Ele se forma com uma quantidade de coisas que merecem ser relembradas, e outras que devem ser esquecidas. O que ele teve de bom deve ficar na memória. As coisas ruins, apagadas. Se impossível apagá-las, as ponham no limbo e procurem esquecê-las em definitivo. É o que procuro fazer e garanto que funciona.
Como é bom lembrar coisas boas! Momentos agradáveis com a família e os amigos. Viagens. Quando você menos espera, o tempo passou. Muitos amigos e familiares partiram e você vai ficando cada vez mais só. Curta novos amigos, os netos, encha sua vida com a convivência com eles. Eu, pessoalmente, mantenho uma relação muito estreita com os meus. Apesar da diferença de idade, sempre encontramos pontos comuns. Às vezes, conflitantes. Quase sempre, coincidentes. Divirto-me com esses papos, e eles também.
O futuro à Deus pertence. Não me preocupo maiormente com ele. Mas, há coisas que você pode fazer para facilitar sua vida e antecipar o que virá. Um dos grandes problemas da velhice é a manutenção da qualidade da vida. Para isso, você tem que começar a se preparar cedo. E nessa preparação, a situação econômica é primordial. E, para fazer um “pé de meia”, tem que se começar cedo. Felizmente, fui previdente. Tenho uma vida tranquila, sou comedido nos meus gastos, e o que tenho dá para que possa viver bem e sem maiores problemas.
Afinal, saúde. Talvez, ao envelhecer, seja esse o ponto mais importante. Se você tem boa saúde, tudo o mais se “tira de letra”. Não vou dizer que seja campeão mundial, mas a minha saúde “dá pro gasto”. E assim se passam os dias…
E, para não esquecer, escrever essas bobagens muito me ajudam. E, ter quem as leia, me enche de alegria.
Dalton Mello de Andrade – Escritor, ex-secretário da Educação do RN
As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores