O presidente da Argentina, Alberto Fernández, participa de sessão no Congresso Nacional, em Buenos Aires, em 1º de março de 2023 — Foto: REUTERS/Tomas Cuesta
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, participa de sessão no Congresso Nacional, em Buenos Aires, em 1º de março de 2023 — Foto: REUTERS/Tomas Cuesta

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou nesta sexta-feira (21) que não irá concorrer à reeleição em outubro deste ano.

Fernández disse que entregará o cargo em 10 de dezembro, quando termina o atual mandato.

“No dia 10 de dezembro entregarei a faixa presidencial a quem for eleito nas urnas pelo voto popular”, disse ele em vídeo postado no Twitter. “Vou trabalhar muito para que o próximo presidente seja um parceiro do nosso setor político”, acrescentou.

A decisão fortalece o nome de Cristina Kirchner, atual vice-presidente da Argentina, para disputar o cargo nas eleições de outubro pelo Partido Justicialista, que deve se reunir na tarde desta sexta-feira (21) para discutir o assunto.

O anúncio de Fernández foi feito em meio ao agravamento da crise econômica argentina.

Na véspera (20), o dólar blue – uma das cotações usadas pela população – bateu novo recorde, tendo chegado a 432 pesos. Em março, a inflação atingiu 104% ao ano, o maior patamar em 30 anos.

Aliado antigo dos Kirchner

Alberto Fernández chegou ao poder em 2019, quando venceu o então presidente Maurício Macri. Antes disso, havia sido chefe de gabinete de Néstor Kirchner (2003-2007) e um de seus maiores aliados políticos.

No início dos anos 2000, Fernández foi responsável por apresentar o casal Kirchner, que vinha de uma província pequena, a dirigentes influentes do país.

Foi então que se formou o Grupo Calafate que anos depois levaria Néstor à presidência da Argentina.

Fonte: G1

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