O presidente da China, Xi Jinping, dedicou esta terça-feira (20) ao seu primeiro discurso após ser eleito para um segundo mandato. Ele elogiou a grandeza da nação chinesa e ressaltou que, “com seu espírito de invenção e criatividade, certamente criará novos milagres”.
Em discurso de caráter nacionalista, diante de 3 mil pessoas no encerramento da Assembleia Nacional Popular, a reunião política mais importante do ano, Xi, de 64 anos, afirmou que “hoje, mais que nunca, o povo chinês está perto de completar seu sonho”.
O presidente disse que a China lutou “batalhas sangrentas” contra invasores, em alusão aos ataques ocidentais do século XIX ou a ocupação japonesa da primeira metade do século XX, mas é hoje “uma grande nação, cujo orgulho é justificado” e que “avança apesar das dificuldades”.
Xi afirmou que, apenas mantendo o socialismo com características chinesas, a nação poderá cumprir seus sonhos, e afirmou que o país desfruta de “um ambiente favorável que antes era inimaginável, mas também enfrenta dificuldades e desafios sem precedentes”.
Apesar do tom nacionalista de seu discurso, Xi ressaltou que a China “nunca buscará a hegemonia ou se enrolará no expansionismo”, e declarou que “apenas aqueles que estão acostumados a ameaçar, podem ver alguém como uma ameaça”, se referindo às vozes no Ocidente que temem o aumento econômico do gigante asiático.
“Somos parte de uma nova era, e para construí-la, se permanecermos unidos, nada pode nos impedir”, concluiu Xi.
Nos 15 dias de duração da plenária, Xi conseguiu aumentar ainda mais seu poder – muito maior do que seus antecessores na presidência da China – modificando a Constituição para abolir o limite de dois mandatos do chefe de Estado, podendo continuar à frente do país após o ano de 2023.
Além disso, ele colocou alguns de seus principais aliados em cargos de máxima responsabilidade, como Wang Qishan, novo vice-presidente do país, e Liu He, que agora responde como vice-primeiro-ministro para assuntos financeiros, desenvolvimento e reforma.
Fonte: Agência Brasil