MARCELO QUEIROZ

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN, Marcelo Queiroz, divulgou ontem uma nota na qual comenta os dados relativos ao mercado formal de trabalho em 2015, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

 “Segundo dados do Caged, o estado do RN fechou o ano de 2015 contabilizando a perda de 12.298 empregos formais. Para se ter uma ideia do que isso significa, em 2014, havíamos fechado com saldo positivo – em números ajustados – de 10.161, ou seja, anulamos o crescimento do mercado de trabalho que havíamos experimentado. Embora os segmentos de Construção Civil (-6.305) e Indústria (-3.930) liderem o ranking das perdas absolutas de vagas, precisamos ressaltar que o setor de Comércio, sozinho fechou, em 2015, 2.237 empregos, enquanto que o setor de Serviços encerrou o ano com saldo positivo de 529. No caso dos Serviços, no ano de 2014, este setor, sozinho, havia aberto mais de 9 mil vagas, ou seja, vinha sendo o motor da geração de empregos do estado.

Diante disso, este número de pouco mais de 500 vagas formais em 2015 é, sim, preocupante. Juntos, Comércio e Serviços terminaram o ano passado amargando uma queda de 1.708 empregos com carteira assinada. São números muito preocupantes. Fechar postos de trabalho é sempre preocupante para a economia porque redunda em retração de renda, de recursos circulando. Mas, infelizmente, são números que já esperávamos, em virtude de tudo o que passamos ao longo de 2015. O setor de Comércio e Serviços, pilar da economia potiguar, está no sufoco. Nossa capacidade de gerar empregos está esgotada. Os Poderes Públicos precisam enxergar este quadro e cerrar fileiras conosco para buscarmos medidas que estimulem nossa retomada, sob pena de que a economia potiguar mergulhe, cada vez mais, nas sombras, rodeada de incertezas e falta de perspectivas”.

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