O presidente eleito do Paraguai, Mario Abdo Benítez, prometeu um governo de união em seu primeiro discurso após a apuração das urnas da eleição ocorrida no domingo (22). Ele promete manter o rumo econômico e atrair mais investimentos ao país latino-americano.
Abdo, do Partido Colorado, tinha 46,46 % dos votos contra 42,72 % de seu principal rival, Efraín Alegre, da aliança oposicionista de centro-esquerda, com 98 % das seções eleitorais contabilizadas.
O presidente do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE), Jaime Bestard, considerou o resultado irreversível e proclamou a vitória de Benítez ainda na noite de domingo.
“Acabaram as divisões estéreis”, disse Abdo, de 46 anos no seu discurso de vitória diante de milhares de simpatizantes que agitavam bandeiras vermelhas e dançavam em frente à sede do partido, de acordo com a Reuters.
“Nossas diferenças têm que servir para construir… nós somos construtores e sejam bem-vindos todos aqueles que querem construir uma pátria justa, uma pátria com igualdade, uma pátria com moral, com instituições fortes, independentes”, acrescentou.
“Nossa democracia deu o exemplo. Corre o mundo a notícia de que no Paraguai a democracia se consolidou e de um passo à frente para um país unido e reconciliado”, afirmou Abdo Benítez, segundo a France Presse.
A vitória de Abdo foi muito mais estreita do que o projetado pelas pesquisas eleitorais, assim como por algumas sondagens de boca de urna, e levou o adversário a não reconhecer a derrota, segundo a Reuters.
Abdo representa a continuidade e propõe impostos baixos e isenções para estimular o investimento estrangeiro e a produção agrícola do país, quarto exportador mundial de soja e importante produtor pecuário.
O ex-senador, educado nos Estados Unidos e conhecido como “Marito”, também disse que quer construir laços com a China sem comprometer o vínculo diplomático com Taiwan.
O jovem conservador recém-eleito tem laços com a última ditadura do país. O pai dele foi secretário privado do ditador Alfredo Stroessner, que governou o Paraguai com mão de ferro por 35 anos até fevereiro de 1989. Mas esse passado foi deixado de fora de sua carreira política e da campanha eleitoral.
Fonte: G1