O nível de atividade da economia brasileira começou o ano de 2019 com retração, segundo informações divulgadas pelo Banco Central nesta segunda-feira (18).
Em janeiro, o chamado Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado uma “prévia” do resultado do PIB, registrou um recuo de 0,41%, na comparação com dezembro de 2018. O resultado foi calculado após ajuste sazonal (uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes).
Na comparação com janeiro de 2018, porém, foi registrada uma alta de 0,79% no indicador (indicador sem ajuste sazonal, pois considera períodos iguais). Em doze meses até janeiro, por sua vez, houve uma expansão de 1% na “prévia” do PIB.
O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
A queda do índice de atividade em janeiro veio após dois meses de alta. Em novembro e dezembro do ano passado, na mesma comparação contra o mês anterior, o indicador apresentou uma alta de, respectivamente, 0,27% e 0,21%.
Em 2018, o PIB teve uma expansão de 1,1%. O desempenho da economia brasileira no ano foi decepcionante diante das expectativas iniciais, repetindo o avanço registrado em 2017.
Para este ano, o mercado financeiro estima uma expansão do PIB de cerca de 2,01%, segundo pesquisa feita pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada.
O IBC-Br foi criado para tentar antecipar o resultado do PIB, que é divulgado pelo IBGE. Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB.
O cálculo dos dois é um pouco diferente – o índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.
O IBC-Br ajuda o Banco Central na definição dos juros básicos da economia. Atualmente, a taxa Selic está em 6,5% ao ano, na mínima histórica, e a estimativa do mercado é de que permaneça neste patamar até o fim do ano.
Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas de inflação. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas ficam dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.
Para 2019, a meta central de inflação é de 4,25%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Desse modo, o IPCA, considerado a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,75% e 5,75%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
Fonte: G1
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