Procurador-geral, Jose Manuel Maza, apresentou queixas contra líderes do movimento pela independência da Catalunha  (Foto: Javier Soriano / AFP)
Procurador-geral, Jose Manuel Maza, apresentou queixas contra líderes do movimento pela independência da Catalunha (Foto: Javier Soriano / AFP)

O procurador-geral da Espanha, Jose Manuel Maza, acusou nesta segunda-feira (30) de insubordinação e rebelião os líderes da Catalunha devido à tentativa de separar a região do restante do país. Ele também pediu que os líderes sejam acusados de mau uso de recursos públicos.

As queixas foram apresentadas em duas instâncias: na Audiência Nacional e no Tribunal Supremo, de acordo com o jornal “El País”.

O procurador-geral explicou que o processo na Audiência Nacional é direcionado contra os membros do governo porque eles não dispõem de foro privilegiado: Carles Puigdemont (presidente destituído da Catalunha), Oriol Junqueras, Jordi Turul, Raül Romeva, Antoni Comín, Josep Rull, Dolors Bassa, Meritxell Borràs, Clara Ponsatí i Obiols, Joaquim Forn, Lluís Puig i Gordi, Carles Mundó, Santiago Vila e Meritxell Serret.

Já no Tribunal Supremo, as queixas recaem contra Carme Forcadel, Lluís María Corominas, Lluis Guinó, Anna Simó, Ramona Barrufet y Joan Josep Nuet i Pujals.

De acordo com o sistema judicial da Espanha, o pedido de condenação será considerado por um juiz. O procurador-geral pediu que o juiz convoque os líderes separatistas a prestar depoimento, segundo a Reuters.

O promotor exige a “fiança e, se for caso disso, a apreensão de ativos no valor que é fixado em 6.207.450 euros [300 mil euros cada]”. O valor corresponde aos gastos ligados à realização do referendo que decidiu pela emancipação da Catalunha, de acordo com o jornal “El País”.

Menos de uma hora depois do anúncio do procurador-geral da Espanha, foi anunciado que Carles Puigdemont viajou para Bruxelas, de acordo com a Efe.

Após a declaração de independência aprovada na sexta-feira (27) pela câmara autônoma da Catalunha, o governo espanhol interveio na administração da região com a destituição do gabinete catalão e a dissolução do parlamento.

Nesta segunda, o controle da Espanha sobre a Catalunha começa a ser testado com políticos e servidores retornando ao trabalho em meio à incerteza sobre a intervenção aprovada pelo Senado na sexta-feira (27).

O chefe de infraestruturas, obras públicas e transporte do governo deposto da Catalunha, Josep Rull, publicou uma foto em seu gabinete no Twitter seria a prova de que teria descumprido a ordem o primeiro-ministro espanhol, Marino Rajoy. Porém, não se sabe se Rull ainda está em seu escritório e se ele foi apenas retirar seus pertences.

O governo espanhol determinou que, caso um membro do executivo catalão tenha sido exonerado, ele deve ser escoltado ao escritório pela polícia regional para retirar seus pertences e, em caso de recusar-se a deixar o escritório, terá de ser gravado pelo policial e entregar uma cópia à Justiça.

Fonte: G1

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