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A produção da indústria brasileira ficou em 0,1% em julho, na comparação com o mês anterior, apresentando o quinto resultado positivo nessa base de comparação, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (2). Foram registradas taxas positivas em 2 das 4 grandes categorias econômicas e em 11 das 24 atividades. E com esse quinto resultado positivo, o ganho acumulado ficou em 3,7%.

Já em relação a julho do ano passado, o tombo da produção foi de 6,6%. Apesar do resultado positivo de julho, a atividade fabril acumula queda de 8,7 nos primeiros sete meses do ano e de 9,6% em 12 meses – a maior desde outubro de 2009, quando chegou a 10,3%. O IBGE revisou o crescimento de junho para 1,3%. Em maio o crescimento foi de 0,4%, em abril, de 0,5%, e março foi revisado, para 1,4%.

Segundo o IBGE, mesmo com o comportamento positivo observado nos últimos cinco meses, a indústria recuperou apenas parte da perda registrada ao longo de 2015 e ainda se encontra 18,2% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013.

“Essa sequência de resultados positivos não era vista desde 2012, mais especificamente desde abril até o mês de agosto de 2012. E nesses cinco meses, há ganho acumulado de 3,7%. Vale o destaque que mesmo com a sequência de resultados positivos, o setor industrial ainda tem caminho importante a ser recuperado, dado às perdas importantes que foram observadas principalmente no ano passado para a indústria como um todo”, analisou André Macedo, gerente de indústria do IBGE.

“Mesmo com essa sequência de resultados positivos, o total da indústria ainda opera em níveis de 2009, mais especificamente fevereiro de 2009. Ou seja, são cinco meses de crescimento, mas não significa que as perdas foram recuperadas, ou que o setor está operando no seu ponto mais alto. É uma recuperação sob uma base de comparação mais baixa”, completou.

Para Macedo, trata-se de uma situação melhor do que no passado recente, “mas ainda assim há caminho importante a ser percorrido”.

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